Descrições do mundo por expressões figuradas

Autores/as

  • Diogo De França Gurgel UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.59488/itaca.v0i15.271

Resumen

Resumo: Neste trabalho, procuro demonstrar que toda a sorte de teorias semânticas que pressupõem uma distinção clara entre sentido literal e sentido figurado podem nos conduzir ao equívoco de analisarmos somente um tipo de sentenças declarativas quando nos empenhamos em estudar o uso de nomes em descrições do mundo. Da maneira como compreendo, Saul Kripke e filósofos do bi-dimensionalismo, como Jackson e Stalnaker, incorrem neste equívoco quando assumem que nomes como “água” ou “Hesperus” devem ser tratados como designadores rígidos, o que implica em afirmar que seus significados são sempre os objetos que a ciência estabelece como seus referentes. Segundo a hipótese que defendo, alguém que se proponha a investigar significados de nomes deve levar em conta que toda a nossa linguagem -- incluindo as descrições de fatos -- está fundada em certas proposições de caráter figurado, as quais se apresentam não como escolhas estilísticas, mas como uma maneira necessária de descrevermos fatos do mundo.

Palavras-chave: descrição; sentido figurado; regra

Abstract: In this work, my aim is demonstrate that all kind of semantic theory which presupposes a clear distinction between proper meaning and figurative meaning could drive us to the mistake of considering only one kind of declarative sentences in order to study the use of names in world descriptions. In the way I see, Saul Kripke and the philosophers of bi-dimensionalism, like Jackson and Stalnaker, fall down on this mistake when they assume that names like “water” or “Hesperus” must be taken as rigid designators, which means that their meanings are always the objects that the science settled as their references. The hypothesis I propose claims that one who intend to investigate the meaning of names must have in mind that all our language -- including the descriptions of facts -- is grounded in some figurative propositions that do not rise as an stylistic choice, but as a necessary way of describing facts of the world.

Keywords: description; figurative meaning; rule

Biografía del autor/a

Diogo De França Gurgel, UFRJ

Doutorando do PPGF/UFRJ-Bolsista CNPQ

Publicado

2010-10-10

Número

Sección

Artigos