AS DOBRAS DO TEMPO E O JOGO: AGUSTINA BESSALUÍS E VIEIRA DA SILVA

Autores

  • Viviane Vasconcelos Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2017.v19n1a13080

Resumo

Em Longos dias têm cem anos, os elementos biográfcos não são tão evidentes, levando a escritora Agustina Bessa-Luís a procurar e eleger fatos considerados por ela como relevantes na
formação da biografa da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Se consideramos os temas frequentemente abordados na obra de Vieira da Silva, como o jogo de xadrez, as cenas em que
retrata seu próprio ateliê e o seu trabalho, revelando uma preocupação com a perspectiva e com
a autoria da obra, poderíamos pensar em muitos romances da escritora Agustina Bessa-Luís.
Alguns desses temas, como o jogo e o labirinto, já foram apontados nos dois últimos capítulos
do livro da pesquisadora Silvina Rodrigues Lopes (1992), em que a autora propõe uma teoria do
romance em Agustina Bessa-Luís visando interrogar o pensamento de um mundo que é construído singularmente, segundo a pesquisadora, na obra da escritora. Se o caminho é aberto pelas
considerações agustinianas sobre a obra de Vieira da Silva, feitas na biografa, que é o nosso primeiro passo para a aproximação entre as duas, as semelhanças entre os temas direcionam a um
outro movimento, que é o de pensar como a obra de Vieira da Silva pode permitir uma leitura
da obra de Agustina, ou melhor, como essas duas formas de manifestação artística, a pintura e a
literatura, se aproximam.

Biografia do Autor

Viviane Vasconcelos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Professora Adjunta de Literatura Portuguesa
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigos de Literatura