Fala e falta: de Fiama Hasse Pais Brandão a Manuel António Pina (ou vice-versa)

Autores

  • Aline Duque Erthal UFRJ/CNPq

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n1a16905

Palavras-chave:

Poesia portuguesa, Fiama Hasse Pais Brandão, Manuel António Pina.

Resumo

Debruçando-se sobre Fiama Hasse Pais Brandão – em especial, sobre seu poema “Hora obscura” – e Manuel António Pina, este artigo propõe a falta como lugar da fala da poesia portuguesa que se faz a partir dos anos de 1960 e é herdeira do Modernismo. Visitando outras vozes poéticas (Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Luís Miguel Nava) e pesquisadores como Rosa Martelo e Jorge Fernandes da Silveira, acercamo-nos da noção de indecidibilidade para apreender aquilo que é, simultaneamente, obstáculo e potência dessa(s) escrita(s).

Biografia do Autor

Aline Duque Erthal, UFRJ/CNPq

Professora substituta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutoranda em Literatura Portuguesa na mesma universidade, com bolsa do CNPq.

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Publicado

2018-06-11