Fala e falta: de Fiama Hasse Pais Brandão a Manuel António Pina (ou vice-versa)

Auteurs-es

  • Aline Duque Erthal UFRJ/CNPq

DOI :

https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n1a16905

Mots-clés :

Poesia portuguesa, Fiama Hasse Pais Brandão, Manuel António Pina.

Résumé

Debruçando-se sobre Fiama Hasse Pais Brandão – em especial, sobre seu poema “Hora obscura” – e Manuel António Pina, este artigo propõe a falta como lugar da fala da poesia portuguesa que se faz a partir dos anos de 1960 e é herdeira do Modernismo. Visitando outras vozes poéticas (Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Luís Miguel Nava) e pesquisadores como Rosa Martelo e Jorge Fernandes da Silveira, acercamo-nos da noção de indecidibilidade para apreender aquilo que é, simultaneamente, obstáculo e potência dessa(s) escrita(s).

Biographie de l'auteur-e

Aline Duque Erthal, UFRJ/CNPq

Professora substituta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutoranda em Literatura Portuguesa na mesma universidade, com bolsa do CNPq.

Références

BASÍLIO, Rita. Uma nova pedagogia do literário em Todas as Palavras de Manuel António Pina. [Tese de Doutoramento em Estudos Portugueses.] Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, dez. 2013.

BRANDÃO, Fiama Hasse Pais. Obra breve – poesia reunida. Lisboa: Assírio & Alvim, 2017.

BUENO, Danilo. ‘A literatura morreu’: identidade, paradoxos e melancolia na poesia de Manuel António Pina”. Revista Desassossego, n. 10, dez 2013. p 121-130.

EIRAS, Pedro. Notícias do abismo: Mário de Sá-Carneiro e A confissão de Lúcio. Convergência Lusíada, n. 26, jul-dez 2011. p. 146-159.

ERTHAL, Aline Duque. Fala, falta, falha: o isto de Manuel António Pina. Revista Desassossego, n. 16, dez. 2016. p. 74-89.

FIGUEIREDO, Maria Leonor Camarinha Parada de. Calma é apenas um pouco tarde: Resistência na poesia portuguesa contemporânea. [Dissertação de mestrado.] Porto: Universidade do Porto, nov. 2014.

GENETTE, Gérard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Trad. Cibele Braga et al. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010.

HOUAISS. Dicionário eletrônico. Disponível em: https://houaiss.uol.com.br. Acesso em: 8 abr 2018.

KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Trad. Lúcia Helena França Ferraz. 2ª ed.

São Paulo: Perspectiva, 2005.

LAGE, Rui. Manuel António Pina. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016.

MARTELO, Rosa Maria. Uma literatura desenvolta ou os filhos de Álvaro de Campos. In: Vidro do mesmo vidro: tensões e deslocamentos na poesia portuguesa depois de 1961. Porto: Campo das Letras, 2007.

MOISÉS, Massaud. Fernando Pessoa – o espelho e a esfinge. 3ª ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2008.

NAVA, Luís Miguel. Poesia completa (1979-1994). Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2002.

PESSOA, Fernando. Mensagem. Org. Cleonice Berardinelli e Mauricio Mattos. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.

______. Poesia do Eu. 2ª ed. Lisboa: Assírio e Alvim, 2008.

PINA, Manuel António. Todas as palavras – Poesia Reunida (1974-2011). Porto: Assírio & Alvim, 2013 [1ª ed.: 2012].

SÁ-CARNEIRO, Mário de. Poemas completos. Prefácio e edição de Fernando Cabral Martins. Lisboa: Assírio & Alvim, 1996.

SILVEIRA, Jorge Fernandes da. Lápide e versão – ensaios sobre Fiama Hasse Pais Brandão seguidos de Memorial de Pedra, antologia poética. Rio de Janeiro: Bruxedo, 2006.

Téléchargements

Publié-e

2018-06-11