O homem e seus duplos: a poesia de Amálgama, de Roberval Pereyr
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2014.v15n0a4020Abstract
Em 2004, o poeta Roberval Pereyr publica o volume Amálgama -- Nas praias do avesso e poesia anterior. O sujeito dessa poesia caminha, incansável, em busca de sua outridade. Não é o mesmo que o encanta: no breve poema “Eco” (PEREYR, 2004, p. 100), afirma que “a vida passa num espelho”, e pergunta: “estamos do lado de cá?”. Diante do espelho, dançam infinitas personas, muitas vezes dissonantes entre si, o que dá ao sujeito um sentimento de fragmentação: diante de tantos e tão díspares eus, como não se sentir dividido? Por outro lado, é perceptível também, em Amálgama, a consciência da necessidade da divisão na busca pela outridade.
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