A salvação pela escrita: algumas páginas sobre a importância da literatura na constituição do sujeito e do cidadão crítico

Autor/innen

  • Erica Schlude Wels UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2016.v18n1a4736

Abstract

RESUmO: Um tema tão complexo e abrangente como a relação entre leitura e subjetividade, leitura e cidadania, permite uma análise interdisciplinar, na qual várias vozes podem contribuir para elucidar a questão. Nosso ponto de partida foram as leituras de Michele Petit (2009, 2008), a qual discorre sobre a literatura em tempos de crise, apoiando-se em aspectos sociais e polí- ticos, mas lendo-os à luz de temas psicanalíticos, como a própria construção da subjetividade. Inspirada por Paulo Freire (1996), Silvia Castrillón (2011) examina as dificuldades da democratização da leitura e da escrita, tomando-as como direito do cidadão, muito além de modismos e tendências mercadológicas neoliberais. As teses de Nestor Garcia Canclini (2003, 1999) ecoam nas palavras de Castrillón, as quais, alguns anos depois, ainda encontram fortes aliadas nas palavras imortalizadas por Virginia Woolf no ensaio Um teto todo seu (1985 [1928]), escrito a partir da opressão das mulheres e seu silêncio. Em apoio a essas ideias, os conceitos freudianos de luto, melancolia e sublimação oferecem possíveis ferramentas de entendimento na construção do sujeito que procura salvar-se da angústia através da literatura.


PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Subjetividade, Cidadania.

Veröffentlicht

2016-06-27

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Artigos