A PERCEPÇÃO DA VOGAL POSTÔNICA NÃO FINAL EM PROPAROXÍTONAS
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n2a18297Keywords:
Percepção, Proparoxítona, Vogais postônicas não finaisAbstract
O presente estudo investiga a percepção das vogais postônicas mediais em palavras proparoxítonas no português brasileiro. As vogais postônicas não finais podem sofrer, variavelmente, três processos: preservação, redução ou apagamento, conforme relatam inúmeros trabalhos já feitos com base em sua produção. Há, contudo, uma lacuna em como tais são percebidas. Este estudo procura preencher esta lacuna ao investigar a percepção das vogais postônicas não finais. Para tanto, contamos com uma amostra de 24 participantes, sendo 12 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, com idades entre 15 e 50 anos, nascidos na microrregião Sudoeste de Goiás, municípios de Rio Verde e Santa Helena. Realizamos dois testes de percepção: um teste de discriminação do tipo AX e outro do tipo ABX. A análise fonológica da percepção foi desenvolvida à luz do Modelo de Interação entre Percepção e Fonologia (Hume e Johnson, 2001), o que nos permitiu verificar que os informantes tendem a perceber a presença da vogal, mesmo em ambientes em que ela é apagada. Por este modelo teórico, ficou evidente que forças externas - percepção, produção, generalização e conformidade - atuam tanto na neutralização, no apagamento quanto na preservação da vogal postônica não final. Estas forças funcionam como filtros na seleção de possíveis outputs. Assim sendo, a representação cognitiva das proparoxítonas será com a vogal, mesmo que possa sofrer alterações, as quais passam pela filtragem das forças externas referidas, gerando diferentes representações no sistema sonoro linguístico da comunidade de falantes.
PALAVRAS-CHAVE: Percepção; Proparoxítona; Vogais postônicas não finais
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