TAVARES, BENJAMIN: PRONUNCIAR A EXPERIÊNCIA, TRADUZIR A MODERNIDADE
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2021.v23n1a39759Resumen
A experiência como pensava Walter Benjamin é aquela cuja sabedoria e autoridade encontra-se não só nos laboratórios de ciência, mas nas vivências cotidianas, nas histórias narradas, tanto pelo ancião que jamais saíra de seu pequeno vilarejo quanto pelo viajante de grandes distâncias. Entretanto, em meados do século XIX, na Europa, através do Positivismo, a experiência passou a ser contemplada no progresso científico e comprovável cientificamente, sendo excluída gradativamente do universo humano. No entanto, por pensarmos – assim como Benjamin – que a experiência deve pertencer também ao simples viver do homem, é que pretendemos analisar a novela-poema Os velhos também querem viver (2014), de Gonçalo Tavares, a fim de refletir sobre o conceito da experiência na modernidade. Como referencial teórico, elegemos, sobretudo Sobre o programa da filosofia por vir (2019) e Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem (2011), ambos de Walter Benjamin, e Infância e História (2005), de Giorgio Agamben. Frente ao estudo, pudemos perceber que o que corrobora o caos da era moderna é a atual concepção do experimento, ao mesmo tempo em que a experiência enquanto magia é recalcada.
Citas
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