Ressonâncias do trovadorismo na lírica portuguesa: Camões, João de Deus e Natália Correia
DOI :
https://doi.org/10.35520/diadorim.2019.v21n1a20537Mots-clés :
Trovadorismo, Ressonâncias, Camões, João de Deus, Natália Correia.Résumé
O artigo pretende pensar algumas das atualizações da cantiga trovadoresca na literatura portuguesa, entendendo-a como composição poética revolucionária e recorrente que, desde sua gênese, foi revisitada com o passar dos séculos de forma sempre renovadora. Para Saraiva e Lopes, as cantigas de amigo seriam revolucionárias justamente porque colocariam como eu lírico a mulher, num mundo dominado pelo legado patriarcal. Natália Correia (como ensaísta) acredita que as cantigas de amor adiantariam a subjetividade moderna, colocando o eu em evidência e inserindo no centro de adoração a figura da mulher, num universo medieval teocêntrico. Se as cantigas de amor e amigo se desenvolveram, desde a Idade Média, de forma revolucionária, elas serão retomadas em épocas sucessivas também de maneira atualizada e renovadora. Para a análise poética, tomamos três períodos da literatura portuguesa: o clássico, o moderno e o contemporâneo, respectivamente com Camões, João de Deus e Natália Correia (enquanto poeta).
Références
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