TRAJETÓRIA DA CONSTRUÇÃO [SN LEVAR JEITO SPREP]

Авторы

  • Maria da Conceição Paiva UFRJ
  • Allan Costa Stein UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2019.v21n2a27416

Ключевые слова:

construção LEVAR JEITO, rede, mudança, modalidade

Аннотация

A partir da perspectiva da Gramática de Construções Baseada no Uso, focalizamos neste artigo a formação e expansão do esquema construcional [SN LEVAR JEITO SPrep], em que o sintagma preposicional pode ser encabeçado pelas preposições depara e com, no português contemporâneo. Partimos da hipótese de que o esquema mais abstrato [SN LEVAR JEITO SPrep] se relaciona por um elo de instância com a construção de verbo-suporte com levar e, num nível mais alto, à Construção de Movimento Causado. A análise das propriedades de ocorrências de diferentes sincronias do português, atestadas através de busca automática em bases de dados eletrônicas e de busca no motor Google, permitiu depreender evidências para a postulação de cinco microconstruções relacionadas entre si pelo valor modal/avaliativo que veiculam: [SN­1 LEVAR JEITO DE SN2], [SN­1 LEVAR JEITO DE S], [SN­1 LEVAR JEITO PARA SN2], [SN­1 LEVAR JEITO PARA S] e [SN1 LEVAR JEITO COM SN2]. Essas construções se distinguem tanto no alvo da modalização (no SN-Sujeito ou no complemento da preposição) quanto no tipo de modalidade que realizam (possibilidade ou capacidade). Considerando a data de atestação das diferentes ocorrências, há indícios de que instâncias das microconstruções com LEVAR JEITO tenham propiciado o aumento da esquematicidade e produtividade do esquema [SN­ LEVAR JEITO SPrep] ao longo do tempo.

Библиографические ссылки

BARðDAL J.; GILDEA, S. Epistemological context, basic assumptions and historical implications. In: BARðDAL, J. et all (eds). Diachronic Construction Grammar. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2015, p. 1-50.

BORBA, F, S. Dicionário grammatical de verbos do português do português contemporâneo do Brasil. São José do Rio Preto: Editora da UNESP, 1997.

BYBEE, J. Mechanisms of change in grammaticization: the role of frequency. In: JOSEPH, B., JANDA, R. (Org.). A handbook of historical linguistics. Malden, MA: Blackweel Publishing, 2003.

BYBEE, J. From usage to grammar: The mind's response to repetition. Language, Washington, DC: Linguistic Society of America, v. 82, n. 4, p. 711-733, 2006.

BYBEE, J. Language, usage and cognition. Cambridge. Cambridge University Press, 2010.

BYBEE, J. Language change. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.

CROFT, W. (2001). Radical construction grammar: syntactic theory in typological perspective. Oxford: Oxford University Press, 2001.

DAVIES, M.; FERREIRA, M. J, 2006. Corpus do Português: 45 million words, 1300s-1900s., 2006. Disponível em http://www.corpusdoportugues.org/. (último acesso em 07.01.2019).

DIESSEL, H. Usage-based construction grammar. In: DABROWSKA, E; DIVJAK, D. (eds.). Handbook of Cognitive Linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter, 2015, p 295-321.

FAMILY, N. Explorations of Semantic Space: The Case of Light Verb Constructions in Persian”. Paris: EHESS, 2006. Tese de doutorado da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, 2006.

FAMILY, N. Mapping semantic spaces: A constructionist account of the "light verb" xordæn 'eat' in Persian. In: VANHOVE, M (ed). From Polysemy to Semantic Change:Towards a typology of lexical semantic associations. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2008, p. 139-161.

GOLDBERG, A. E. Constructions: A Construction Grammar Approach to Argument Structure. Chicago: University of Chicago Press, 1995.

GOLDBERG, A. E. “Constructions: a new theoretical approach to language”. In: Trends in Cognitive Sciences 7.5, p. 219–224, 2003.

GOLDBERG, A. E. Constructions at work: The nature of generalization in language. Oxford: Oxford University Press, 2006.

GOLDBERG, A. E. Constructionist approaches. In HOFFMANN, T.; TROUSDALE, G. (eds.), The Oxford handbook of Construction Grammar. Oxford: Oxford University Press, 2013, p 15–31.

GREGERSEN, S. Some (critical) questions for diachronic construction grammar. Folia Linguistica Historica, v. 39, p. 341–360, 2018.

HALLIDAY, M. K. A. An introduction to functional grammar. London: Edward Arnold. 1994.

HALLIDAY, M. K. A. An introduction to functional grammar. London: Edward Arnold. 2004.

HENGEVELD, K. Mood and modality. In: BOOIJ, G.; LEHMANN, C.; MUGDAN, J. (eds.). Morphology: a handbook on inflection and word formation. v. 2. Berlin: Mouton de Gruyter, 2004, p. 1190-1202.

HILPERT, M. Three open questions in Diachronic Construction Grammar. In: COUSSÉ, E.; ANDERSSON; P.; OLOFSSON, J. Grammaticalization meets Construction Grammar. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2018, p. 21-39,

HOFFMANN, T.; TROUSDALE, G. Variation, change and constructions in English. Cognitive Linguistics, 22, 1, p. 1-23, 2011.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, M. M. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001.

KEMMER, S.; BARLOW, M. Introduction: a usage-based conception of language. In: BARLOW, M.; KEMMER, S. Usage Based Models of Language. Stanford: CSLI Publications, 2000, p. 7-28.

LABOV, W. Principles of linguistic change; internal factors. Malden, Massachusetts: Blackwell.

LANGACKER, R. Space Grammar, analysability, and the English Passive. Language, 58, 1, p. 22-80, 1982.

LANGACKER, R. A usage-based model. In: RUDZKA-OSTYN, B. (ed.). Topics in Cognitive Linguistics. Amsterdam: John Benjamins, 1988, p. 127-163.

LANGACKER, R. A dynamic usage-based model. In: Barlow, M. Kemmer, S. (eds.), Usage-based Models of Language. Stanford: CSLI Publications, 2000, p. 1-63.

LANGACKER, R. Cognitive linguistics: a basic introduction. New York: Oxford University Press, 2008

PAZ E SILVA, L. V. Predicações com o verbo levar aspectos relativos à multifuncionalidade e gramaticalização. Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas) do Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2009.

PERINI, M. A. Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010.

PINHEIRO, D. Um modelo gramatical para a linguística funcional-cognitiva: da Gramática de Construções para a Gramática de Construções Baseada no Uso. In: ALVARO, P. T.; FERRARI, L. (orgs.). Linguística Cognitiva: dos bastidores da cognição à linguagem. Campos: Brasil Multicultural, a sair.

RAPOSO, E. P. Estrutura semântica da frase. In: RAPOSO, E. P. et al. Gramática do Português – Vol. 1. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 368-381.

SMARSARO, A.; E RODRIGUES, V. V. Verbos-suporte dar/levar: um caso de gramaticalização? Letrônica, v.8, p. 359-375, 2015.

SMARSARO, A.; PACHECO, W. L. Descrição sintático-semântica do verbo levar para o processamento automático de linguagem natural (PLN). Contextos linguísticos, v.8, p. 42-52, 2014.

STEIN, A, C, M; ROCHA, L.H. P. Estudo do verbo ‘levar’ em anúncios publicitários. Almanaque CIFEFIL, v. XVI, p. 593-602, 2012.

TOMASELLO, M. The cultural origins of human cognition. Cambridge: MA. Harvard University Press, 1999.

TRAUGOTT, E. C.; DASHER, R. B. 2002. Regularity In Semantic Change. (Cambridge Studies in Linguistics 97.) Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

TRAUGOTT, E. C. Grammaticalization and Construction Grammar. In: CASTILHO, A. T. de. (org.). História do Português Paulista. vol. 1. Campinas: Unicamp/Publicações IEL, 2009, p. 91-101.

TRAUGOTT, E. C.; TROUSDALE, G. Constructionalization and constructional changes. Oxford: OUP, 2013.

TRAUGOTT, E. Toward a coherent account of grammatical constructionalization. In:, BARðDAL, J. et al. (ed.). Diachronic construction grammar. Amsterdam: John Benjamins, 2015. p. 51-80.

VILELA, M.; KOCH, I. V. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.

Опубликован

2019-12-28