ABORDAGENS POSSÍVEIS PARA UMA EDUC(AÇÃO) DECOLONIAL POR VIR
Parole chiave:
Educação, Decolonialidade, Pedagogia Decolonial, Emancipação, Prática pedagógica.Abstract
Este estudo busca potencializar possíveis práticas educacionais decoloniais que disparem, em meio a educação, um pensar e agir mais livre frente aos modelos hegemônicos. O estudo de caráter teórico-conceitual se inscreve entre os campos da Educação e dos Estudos Decoloniais. Primeiramente, propõe-se uma análise atenta sobre os estudos decoloniais, no esforço de expor alguns dos mecanismos psicossociais, culturais e subjetivos pelos quais a colonialidade exerce influência sobre os sujeitos, moldando seus modos de ser e estar, assim como a percepção da realidade e de sua historicidade e cultura. Após, na tentativa de apontar para possíveis mudanças de conduta, são elencadas práticas educacionais que postulam a desnaturalização/desaprendizagem das formas dominantes ainda vigentes. A crítica à colonialidade do saber é feita conjuntamente à defesa de uma transgressão/desobediência epistêmica, alinhamos a conjectura de nossa crítica à superação do pensamento colonial, onde a prática pedagógica surge como ferramenta possível a esse enfrentamento, servindo, quem sabe, de alicerce para uma educação decolonial por vir.
Riferimenti bibliografici
ADORNO, Theodor. HORKHEIMER, Max. (1985) Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar
ADORNO, Theodor. (1995) Educação e Emancipação. 4a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. (2005), Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires; CLACSO, pp. 80-88.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramón. (2016) Decolonialidade e perspectiva negra. Revista Sociedade e Estado – Volume 31 Número 1, pp. 15-24. https://www.scielo.br/j/se/a/wKkj6xkzPZHGcFCf8K4BqCr/?format=pdf
FANON, Frantz. (1968) Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
FANON, Frantz. (2008) Pele negra máscaras brancas. Salvador: Edufba.
FREIRE, Paulo. (1992) Pedagogia da esperança: Um encontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. (2014) Pedagogia da autonomia. 48ª ed. São Paulo: Paz e terra.
FREIRE, Paulo. (2000) Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP.
FOUCAULT, Michel. (2013) A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária,.
FOUCAULT, Michel. (2014) A ordem do discurso. São Paulo: Editora Loyola.
GARCEZ, Rodrigo. (2017) Educação e Cultura: possibilidades ao desenvolvimento do pensamento decolonial. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 03, pp. 1-9.
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.576
GOMES, Nilma Lino. (2012) Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109. http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/5_Gomes_N%20L_Rel_etnico_raciais_educ%20e%20descolonizacao%20do%20curriculo.pdf
GROSFOGUEL, Ramón. (2010) Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: MENESES, Maria Paula; SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, pp. 455-491.
GROSFOGUEL, Ramon. (2016) A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentali-zadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicidios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado.
HALL, Stuart. (2003) Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG.
HEGEL, Georg. W. Friedrich. (1992) Fenomenologia do espírito. Petrópolis: Vozes.
KILOMBA, GRADA. (2019) Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.
KOSOP, Roberto J. C.; LIMA, José. E. de S. (2019) Giro Decolonial e o Direito: Para Além de Amarras Coloniais / Decolonial turn and the law: beyond colonial restrains. Revista Direito e Práxis, [s.l.], v. 10, n. 4, pp. 2596-2619.
https://doi.org/10.1590/2179-8966/2018/34117
LOPES, Juliana C.; INSFRAN, Fernanda F. N.; PULINO, LÚCIA H. C. Z. (2020) Práticas decoloniais em educação a partir de uma educação centrada em estudantes. EccoS – Revista Científica. pp. 1-15.
https://doi.org/10.5585/eccos.n54.17029
LOUREIRO, Camila. W.; PEREIRA, Thiago. I. (2019) Seria possível uma epistemologia freireana decolonial? Da “Cultura do Silêncio” ao “Dizer a Sua Palavra”. Roteiro, v. 44, n. 3. p. 1-18.
https://doi.org/10.18593/r.v44i3.17527
MIGNOLO, Walter. (2008a) Histórias Locais / Projetos Globais: Colonialidade, Saberes Subalternos e Pensamento Liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG.
MIGNOLO, Walter. (2008b) Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF- n. 34, pp. 287-324.
MIGNOLO, Walter. (2017) Colonialidade o lado mais escuro da modernidade. Revista brasileira de ciências sociais. https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/?format=pdf.
MIGNOLO, Walter. (2003) Historias locales/disenos globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal.
NOVASKI, Augusto J. C. (1994) Sala de aula: uma aprendizagem do humano. In.: MORAIS, Regis de. Sala de aula: que espaço é esse? 6ª ed. Campinas: Papirus, pp. 11-17.
PEREIRA, Alessandra F. C. (2017) Processos e práticas decoloniais na formação de professores. RELACult – Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 03, nº 473.
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.473
QUIJANO, Aníbal. (2005) Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, pp. 107-130.
ROLNIK, Suely. (2018) Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 edições.
SILVA, T. T. (1999). O currículo como fetiche. A poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica.
SKLIAR, Carlos. (2003) E se o outro não estivesse ai? notas para uma pedagogia (improvável) da diferença. Rio de Janeiro: DP&A.
SKLIAR, Carlos. (2003ª) A educação e a pergunta pelos Outros: diferença, alteridade, diversidade e os outros "outros". Ponto de Vista, Florianópolis, n.05, pp. 37-49.
SPIVAK, Gayatri. (2010) Pode o Subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG.
TIBURI, Márcia. (2021) Complexo de vira-lata: análise da humilhação brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
WALSH, Catherine. (2013) Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala.
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Revista Estudos Libertários
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.