O português falado em Nova Iguaçu: proposta de constituição de uma amostra de língua oral
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v5iEspecial.25359Palavras-chave:
Amostra de fala, Entrevistas sociolinguísticas, Metodologia sociolinguística, Teoria da Variação, Nova Iguaçu.Resumo
O Projeto Nova Iguaçu sob o viés da Sociolinguística pretendeu efetuar a organização de um grande banco de dados com entrevistas de língua oral coletadas entre informantes nativos do município de Nova Iguaçu, a fim de possibilitar pesquisas futuras no âmbito da Teoria da Variação e da Mudança e o diálogo com outros projetos estabelecidos no Estado do Rio de Janeiro. Desde os anos 70, a língua da capital do estado do Rio de Janeiro tem sido objeto de inúmeros estudos que levam em conta a perspectiva teórico-metodológica da Sociolinguística laboviana. Tal fato se deve, fundamentalmente, à existência de importantes bancos de dados que foram produzidos com base em tal cidade. São eles: o banco de dados do Projeto Norma Urbana Culta da cidade do Rio de Janeiro (NURC-RJ), o banco de dados do Projeto Censo da Variação linguística no estado do Rio de Janeiro e Programa de Estudos do Uso da Língua (CENSO-PEUL), e, mais recentemente, as amostras do Projeto bilateral Estudo comparado dos padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e europeias do português. Em relação às demais regiões do estado, diferentemente do que se observa na capital (cidade do Rio de Janeiro), constata-se a grande carência de bancos de dados organizados de acordo com a metodologia laboviana.
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