Recuperando a história do léxico antroponímico brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v6i3.35110

Palavras-chave:

Antroponímia. História. Mudança. Lexicografia. Lexicologia.

Resumo

Com base em estudos desenvolvidos desde 2007, com aportes de corpora variados que abarcam mais de 20 mil registros de prenomes brasileiros, esse artigo tem por finalidade, apresentar caminhos para a construção de saberes acerca da história do léxico antroponímico brasileiro. Para além de uma proposta de agenda para estudos de natureza sócio histórica dos nomes de pessoa no Brasil, apresentamos também uma investigação sobre dados do século XIX que conduzem a considerações relevantes sobre a chamada revolução antroponímica que teria lugar no segundo quarto do século XX. Ao tratar da tradição e inovação em dados baianos do século XIX, esse artigo consolida dados de pesquisas já empreendidas, o que resulta em expor a face mais conservadora da antroponímia oitocentista em oposição à crescente abertura para inovação que se dará no século XX. É inequívoca a afirmação de que antroponímia brasileira é ainda carente de descrição, tanto do ponto de vista sócio histórico, quanto dos pontos de vista lexicológico e lexicográfico. Existem inúmeras perguntas a serem respondidas acerca de como se constituiu historicamente o sistema antroponímico no Brasil e esse artigo traz a tentativa de oferecer uma pequena contribuição para aqueles que desejam percorrer esse caminho.

Biografia do Autor

Juliana Soledade, Universidade de Brasília

Possui graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia (1999), mestrado em Letras e Lingüística pela Universidade Federal da Bahia (2001) e doutorado em Letras e Lingüística pela Universidade Federal da Bahia (2004). Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Bahia, em exercício na Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em morfologia, léxico e linguística histórica. A partir de perspectiva diacrônica e sincrônica, investiga o léxico comum e o léxico onomástico, com enfoque nos processos morfológicos de sua constituição; bem como as formações genolexicais do português e demais línguas românicas, com enfoque na derivação e outros processos não concatenativos. Atualmente seus projetos estão voltados para os processos semântico-cognitivos envolvidos na constituição morfológica do léxico comum e onomástico, incluindo estudos da gramática do português numa perspectiva cognitivista (morfologia construcional e gramática das construções). É coordenadora do subgrupo de Morfologia e Lexicologia históricas no âmbito do PROHPOR (Programa para a história da língua portuguesa). Também coordena o projeto Novo Dicionário de Nomes em Uso no Brasil. Ë membro do corpo docente do Programa de Pós-graduação em Língua e Cultura (PPGLinc) da Universidade Federal da Bahia e do corpo docente do Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGL), da Universidade de Brasília. 


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Publicado

20-12-2020