Desafios e perspectivas frente aos manuscritos da Biblioteca Nacional
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v5i2.24922Palabras clave:
Fundação Biblioteca Nacional. Arquivos. Redes Sociais. Educação. Paleografia.Resumen
Durante o I Colóquio Luso-Brasileiro de Paleografia, realizado no Arquivo Nacional em maio de 2017, um dos palestrantes citou várias instituições mantenedoras de documentos antigos ou modernos cuja leitura exige conhecimentos de Paleografia. A Fundação Biblioteca Nacional, cuja Divisão de Manuscritos possui cerca de um milhão de itens, não foi sequer mencionada. Este artigo se destina, em primeiro lugar, a refletir sobre as causas dessa aparente invisibilidade dos documentos arquivísticos custodiados pela instituição. Destacamos entre elas a prática de perpetuar uma metodologia de trabalho construída com base no que se praticava nos primeiros tempos da Biblioteca Nacional, quando a Biblioteconomia não estava consolidada como ciência no Brasil, e, nas décadas seguintes, a dificuldade de dar capacitação aos servidores da casa, tendo em vista a não-obrigatoriedade do estudo de Paleografia na maior parte dos cursos de Biblioteconomia e a pouca oferta de cursos e pós-graduações. Em contrapartida, mostramos como o diálogo entre a Biblioteca Nacional e várias outras instituições custodiadoras de acervo arquivístico, no Brasil e no exterior, se estreitou nos últimos anos, com a adoção de novos métodos e critérios de descrição e disponibilização do acervo e um esforço tanto institucional quanto pessoal para agregar novas competências, inclusive no campo da Paleografia. Também levantamos alguns pontos sobre a divulgação do acervo, mostrando como iniciativas simples - tais como a publicação de manuscritos e transcrições na Revista de História da BN e nas redes sociais - vêm dando visibilidade aos documentos e despertando o interesse do público.Citas
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.
BRANDO, Daniele Cavaliere. O direito à intimidade do produtor e/ou doador e o acesso público ao manuscrito: o caso da Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional. In: Arquivos pessoais e cultura: o direito à memória e à intimidade. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2016, p. 243-255.
CASTRO, César Augusto. História da biblioteconomia brasileira: perspectiva histórica. Brasília, DF: Thesaurus, 2000.
DIAS, Antônio Caetano. Na Biblioteca Nacional. CHRONOS. Rio de Janeiro: UNIRIO, v. 1, n. 10, p. 16-31, 2009. Disponível em: http://www.unirio.br/unirio/cchs/eb/arquivos/Chronos-Biblioteconomia%20.pdf. Acesso em: 21 out. 2019.
MELLO, José Alexandre Teixeira de. Introdução. Anais da Biblioteca Nacional, v. 4, p. vii-xii, 1877-1878.
PEREZ, Eliane (Org.). Guia de coleções da Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2018. Disponível em: http://www.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/miscelanea/2019/20190312_guia-4980.pdf. Acesso em: 21 out. 2019.
SCHELLEMBERG, T. R. Arquivos modernos: princípios e técnicas. 4. ed.Rio, FGV, 2004.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
El autor del texto enviado a la Revista LaborHistorico cede los derechos autorales a la Revista, en caso de que el texto sea publicado. Sin embargo, los autores mantienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar publicamente el trabajo bajo la condición de hacer referencia a la Revista LaborHistórico.
Todos los trabajos se encuentran bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional.
Los autores son los únicos responsables del contenido de los trabajos. Está prohibido el envío integral o parcial del texto ya publicado en la Revista a otras revistas.