Considerações léxico-culturais da Vila de Catalão (GO): uma análise de Autos de partilhas manuscritos do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v5i2.31083Palabras clave:
Manuscritos oitocentistas. Catalão. Análise lexical. Autos de partilhas. Sudeste goianoResumen
Com base na perspectiva de que as características culturais e sociais estão arraigadas na estrutura lexical de uma língua, este texto tem como objetivo discutir e demonstrar, com base na análise de três autos de partilhas manuscritos na Vila de Catalão nos oitocentos, considerações que dizem respeito a categorização lexical. Para que isso fosse alçado, o texto foi organizado na seguinte ordem: (i) discussão teórica sobre língua e léxico, fundamentados em autores como Biderman (2001), Vilela (1979), Coseriu (1977), Paula (2005), entre outros; (ii) caracterização dos manuscritos analisados, a saber, um processo de partilha e inventário de bens de Joze Ribeiro da Silva, exarado em 1839, um processo de conto de testamento de bens de Joaquim Jose da Silva, lavrado em 1841, e um processo de partilha e inventário de bens de Claudio Francisco Ferreira, publicado em 1851; (iii) breve contextualização histórica de Catalão do século XIX, com base nos autores Palacín (1994) e Azzi (1937); (iv) arrolagem dos itens lexicais que se referiam aos bens deixados em herança; (v) análise semântica dos bens listados, com o auxílio das definições de Morais Silva (1813). O léxico é um conjunto de lexemas que estruturam um sistema aberto linguístico, por isso é impossível que todos saibam e utilizem os mesmos itens lexicais, sendo assim, cada comunidade escolhe o seu vocabulário com base nas suas realidades. Portanto as lexias, como escravo e carro de boi arquivadas manuscritamente nos autos, são representações da realidade socioculturais dos sujeitos catalanos, em parte do século XIX.
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