Música para a Quaresma na Primeira Capital de Sergipe: os Motetos dos Passos em São Cristóvão Oitocentista
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v8i1.46661Palabras clave:
Música sacra. Sergipe oitocentista. Motetos dos Passos. História da Música em São Cristóvão (SE). Banda Filarmônica.Resumen
Este trabalho objetiva discorrer sobre a música sacra em Sergipe, contribuindo com o conhecimento sobre o panorama musical de São Cristóvão, cidade que foi a primeira capital de Sergipe. No contexto das celebrações do tempo litúrgico da Quaresma, destaca-se a Procissão dos Passos, tradição mais que bicentenária na cidade e que permanece ocorrendo na atualidade. A pesquisa, também pautada no âmbito da História Cultural, considerou uma variedade de fontes e abarcou a pesquisa bibliográfica e arquivístico-documental. Nesse sentido, escritos memorialísticos, jornais que circulavam em Sergipe oitocentista e documentos musicográficos consistem em fontes essenciais nessa investigação. O panorama apontou para um contexto rico em celebrações, agentes, espaços e repertórios (em grande parte esquecidos em nossos dias) evidenciando os Motetos dos Passos no contexto da procissão homônima. O estudo a partir das fontes musicográficas, considerando três versões dos mesmos motetos e que culminou em uma edição crítica, iluminou questões relativas ao texto latino, à procedência, ao trânsito de repertório e às mudanças ocorridas ao longo do tempo, contribuindo com a compreensão sobre a música religiosa católica em nível regional e nacional.
Citas
A RAZÃO. Semana Santa. A Razão, Estância. 27 de março de 1910. Ano XVII, ed. 12, p. 2.
CASTAGNA, Paulo. A música para a Procissão dos Passos da Quaresma na América Portuguesa. In: ENCUENTRO SIMPOSIO INTERNACIONAL DE MUSICOLOGÍA, 7. FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA RENACENTISTA Y BARROCA AMERICANA “MISIONES DE CHIQUITOS”, 7. 2008, Santa Cruz de la Sierra. Actas... Santa Cruz de la Sierra, Asociación Pro Arte y Cultura, 2008. p. 445-471.
CASTAGNA, Paulo. As claves altas na prática musical religiosa paulista e mineira dos séculos XVIII e XIX. Per Musi. Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 27-42, 2002.
CORREIO SERGIPENSE, Correspondência, Correio Sergipense, São Cristóvão. 18 de março de 1840. Trimestre I, ed. 174, p. 6.
CORREIO SERGIPENSE, Parte Official, Correio Sergipense, Aracaju. 13 de julho de 1857. Ano XX, ed. 32, p. 2.
FERREIRA, Maria João Pacheco. Das armações e do ofício de armador na cidade de Lisboa nos séculos XVII e XVIII. Cadernos do Arquivo Municipal, Lisboa, v. 2, n. 7, p. 113-136, 2017.
FIGUEIREDO, Carlos Alberto. Música Sacra e Religiosa Brasileira dos Séculos XVIII e XIX: teorias e práticas editoriais. 2. ed. Rio de Janeiro, S2 Books, 2017. ISBN: 978-85-917578-4-8.
FONSECA, Modesto Flávio Chagas. Motetos para Semana Santa: subsídios para catalogação. Cadernos do Colóquio. Rio de Janeiro, v.6, n.1, p. 50-59, 2003.
JORNAL DO ARACAJU, Instrucção Publica, Jornal do Aracaju, Sergipe. 6 de dezembro de 1877. Ano IX, ed. 897, p. 1.
LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de Pinho. Diccionario Geographico, Estatistico, Chorografico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Livraria Editora de Matos Moreira & Companhia: Lisboa, 1874-1890.
LIMA, Ariane dos Santos. Por entre rezas e procissões: as celebrações em louvor ao Senhor Bom Jesus dos Passos de Oeiras – PI (1859/2012). Teresina, 2013. 160f. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal do Piauí, 2013.
NUNES, Maria Thetis. História da Educação em Sergipe. Rio de Janeiro: Paz e Terra; Aracaju: Governo do Estado de Sergipe: Universidade Federal de Sergipe, 1984.
O CORREIO SERGIPENSE. Sonetos. O Correio Sergipense, São Cristóvão. 31 de outubro de 1849. Ano XII, Ed. 76, p. 4.
RABELO, Thais. De “Itália Sergipense” a “Relicário de Saudade”: música em São Cristóvão Provincial (1820-1889). Belo Horizonte, 2021. 470 f. Tese (Doutorado em Música). Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, 2021.
SANTIAGO, Serafim. Annuario Christovense ou Cidade de São Cristóvão. São Cristóvão: Editora UFS, 2009. Originalmente publicado em [1920].
SANTOS, Magno Francisco de Jesus. O Prefácio dos Tempos: caminhos da Romaria do Senhor dos Passos em Sergipe. Niterói, 2015. 320f. Tese (Doutorado em História). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense. 2015.
SOUZA, Ana Guiomar Rego. Paixões em Cena: a Semana Santa na cidade de Goiás (século XIX). Cidade de Goiás, 2007. 367 f. Tese (Doutorado em História). Departamento de História da Universidade de Brasília, 2007.
TRILHA, Mário Marques. Teoria e Prática do Baixo Contínuo em Portugal (1735-1820). Aveiro, 2011. 419 f. Tese (Doutorado em Música). Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, 2011.
Descargas
Archivos adicionales
- Figura 1 - Praça São Francisco, São Cristóvão (Português (Brasil))
- Figura 2 Fachada da Igreja do Amparo (Português (Brasil))
- Figura 3 Capela da Ordem Terceira do Carmo (Português (Brasil))
- figura 4 Orquestra e Coral dos Passos durante a Procissão dos Passos em São Cristóvão (Português (Brasil))
- Figura 5 Manuscrito dos Motetos dos Passos de Laranjeiras (Português (Brasil))
- Figura 6 - Manuscrito Motetos dos Passos de Itabaiana. Acervo da Filarmônica N. Sra. da Conceição. (Português (Brasil))
- Figira 7 Manuscrito Motetos dos Passos de Lagarto Acervo Lira Popular (Português (Brasil))
- Figura 8 - Manuscrito Motetos dos Passos São Cristóvão. (Português (Brasil))
- Figura 9 Parte Cavada do Baixo Contínuo Acervo da Filarmônica N. Sra. da Conceição (Português (Brasil))
Publicado
Número
Sección
Licencia
El autor del texto enviado a la Revista LaborHistorico cede los derechos autorales a la Revista, en caso de que el texto sea publicado. Sin embargo, los autores mantienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar publicamente el trabajo bajo la condición de hacer referencia a la Revista LaborHistórico.
Todos los trabajos se encuentran bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional.
Los autores son los únicos responsables del contenido de los trabajos. Está prohibido el envío integral o parcial del texto ya publicado en la Revista a otras revistas.