Papeis em travessia: o bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos e os Manuscritos da Coroa -- século XIX
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v2i1.4807Parole chiave:
manuscritos, bibliotecas, transferência da corte portuguesa, império luso-brasileiro, correspondências.Abstract
Com a chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, o centro de poder imperial transferia-se para a América. Acompanhada de pessoas importantes da nobreza, a Coroa também transladou consigo apetrechos e muitos simbolismos -- refletidos, especialmente, na Casa Real -- o que tentaria garantir uma adequada permanência da realeza em terras americanas. Dentre os súditos ilustrados da monarquia, destacamos o bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos, personagem central da discussão deste artigo, cujo objetivo primeiro está em problematizar a natureza das relações interatlânticas entre os papeis impressos e manuscritos da Coroa na primeira metade do século XIX. Ao situarmos tais balizas, o texto tem como foco três principais temáticas a serem examinadas: a) a vida do bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos entre bibliotecas e a prática de escrita de cartas; b) sua relação com os manuscritos da Coroa; e c) a sistematização e catalogação que preparou sobre a documentação manuscrita da coroa portuguesa.
Riferimenti bibliografici
ALGRANTI, Leila Mezan. Livros de devoção, atos de censura: cultura religiosa na América Portuguesa. São Paulo: Hucitec/FAPESP, 2004.
ARAÚJO, Ana Cristina. Uma longa despedida: cartas familiares de Luís Joaquim dos Santos Marrocos. In: MARROCOS, Luís Joaquim dos Santos. Cartas do Rio de Janeiro (1811-1821). Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008.
BOUZA, Fernando. Corre Manuscrito: Una historia cultural del Siglo de Oro. Madrid: Marcial Pons, 2001.
_______. Comunicação, conhecimento e memória na Espanha dos séculos XVI e XVII. Cultura, Revista de História e Teoria das Ideias, Lisboa, v. 19, segunda série, p. 105-171, 2002 (Centro de História da Cultura, CHAM).
CONCEIÇÃO, Adriana Angelita da; MEIRELLES, Juliana Gesuelli. Entre cartas e livros: a livraria real e a escrita do bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos no período joanino (1808-1821). Revista Tempo, vol. 21, n. 38, 2015. p. 46-65.
COSTA, Renata Ferreira. Memória histórica da Capitania de São Paulo: edição e estudo. São Paulo: APESP, 2014.
GARCIA, Rodolfo. Introdução. In: CARTAS de Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, escritas do Rio de Janeiro à sua família em Lisboa, de 1811 a 1821. Anais da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, vol. 56, 1939.
Gazeta do Rio de Janeiro (1821). Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/gazeta_rj/gazeta.htm. Acesso em: 12 abr. 2016.
Índice geral dos Manuscriptos da Bibliotheca da Coroa disposto alfabeticamente Biblioteca d’Ajuda, Lisboa – Portugal. Cota 49-IX-44.
MARROCOS, Luís Joaquim dos Santos. Cartas do Rio de Janeiro (1811-1821). Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008.
MEIRELLES, Juliana Gesuelli. Política e Cultura no governo de D. João VI (1792-1821). Tese (Doutorado em História). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.
MONTEIRO, Rodrigo Bentes. Portugal e as conquistas ultramarinas nos folhetos de Diogo Barbosa Machado. Disponível em: http://www2.iict.pt/index.php?idc=102&idi=13077/Consultadoem11/09/2008. Acesso em: 28 abr. 2016.
MORAES, Rubens Borba de. Livros e Bibliotecas no Brasil colonial. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 1979.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; AZEVEDO, Paulo César de; COSTA, Ângela Márquez da. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
SCHWARCZ, Lilia. Luís Joaquim dos Santos Marrocos. In: NEVES, Lúcia Bastos Pereira das; VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Joanino. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
##submission.downloads##
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Os autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte:
a. Os autores detêm os direitos autorais dos artigos publicados; os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo dos trabalhos publicados; o trabalho publicado está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento da publicação desde que haja o reconhecimento de autoria e da publicação pela Revista LaborHistórico.
b. Em caso de uma segunda publicação, é obrigatório reconhecer a primeira publicação da Revista LaborHistórico.
c. Os autores podem publicar e distribuir seus trabalhos (por exemplo, em repositórios institucionais, sites e perfis pessoais) a qualquer momento, após o processo editorial da Revista LaborHistórico.