Plantas da negritude: conhecimento etnobotânico afro-brasileiro nagô de plantas diaspóricas e africanizadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70051/mangt.v5i2.65820

Palavras-chave:

Etnobotânica, Diáspora africana, Atlântico negro, Identidade, Gastronomia

Resumo

Diferentes etnias com suas particularidades se atualizam, constroem e constituem suas distintas identidades. O pouco reconhecimento das contribuições africanas e seus saberes etnobotânicos demonstra a necessidade de fornecer uma outra perspectiva histórica, revelando a complexidade dos sistemas de conhecimentos para que se possa ultrapassar as generalizações (re)elaboradas a respeito do suposto caráter inferior africano. O trabalho, através de levantamento bibliográfico, tem como intuito ampliar o conhecimento sobre o impacto dos saberes africanos para o sucesso econômico dos ciclos produtivos coloniais, da dispersão das espécies vegetais africanas no território brasileiro e para a construção dos conhecimentos etnobotânicos afro-brasileiros, os quais ainda estão presentes no imaginário social e na memória das identidades que compõem os grupos presentes no território brasileiro. E também discutir o impacto das influências africanas de origens yorubanas exercidas na construção das identidades negras afro-brasileiras, fornecendo assim outras perspectivas epistemológicas centradas nas humanidades africanas.

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Biografia do Autor

Renata Sirimarco, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil

Bióloga graduada pela Universidade Federal Fluminense na área da Etnobotânica. Pesquisadora no Laboratório de Botânica Econômica e Etnobotânica (LABOTEE/UFF), realizou pesquisas sobre potencial alimentício de espécies da família Dioscoriaceae (Cará). Participou do projeto de extensão Conhecendo Outras Plantas Alimentícias e projeto de pesquisa Estudos Etnobotânicos nas Comunidades Tradicionais de Niterói.  Atua nos seguintes temas: povos e comunidades tradicionais, plantas alimentícias, conhecimento tradicional, alimentação e cultura.

Odara Boscolo, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil

Professora Associada da Universidade Federal Fluminense. Doutora em Etnobotânica pelo Museu Nacional/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Botânica pelo Museu Nacional/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós doutora em Evolução e adaptação de práticas alimentares pela Università degli Scienze Gastranomiche (Itália) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Coordenadora do Projetos PANC-UFF. Profa Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde PPG-CAPS, UFF. Profa Colaboradora do Mestrado Profissional em Propriedade Industrial e Inovação do INPI. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Etnobotânica, Botânica Econômica e Taxonomia, atuando principalmente nos seguintes temas: plantas alimentícias, plantas medicinais, comunidades rurais, conhecimento tradicional, práticas alimentares, imigração, plantas rituais, PANC e propriedade intelectual.

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Publicado

31-10-2025

Edição

Seção

Dossiê temático: a comida e o sagrado