A invenção de uma nova linguagem no romance a <i>Casa Velha das Margens</i>
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2021.v13n25a51457Abstract
Este artigo propõe uma leitura do romance A casa velha das margens, do escritor angolano Arnaldo Santos, a fim de observar o modo como a linguagem é trabalhada, tendo como aportes teóricos principais as obras de Frantz Fanon e Albert Memmi. As estratégias linguísticas empregadas pelo autor e a própria narrativa colocam em cena as relações entre língua e poder. No contexto das literaturas africanas, tais estratégias significam um desafio ao discurso colonial e, consequentemente, ao sistema colonial opressor. A narrativa se passa no século XIX e o romance se baseia na relação entre a linguagem oral e a linguagem escrita para mostrar que houve resistência das populações locais e que essas vozes precisam ser ouvidas ainda hoje.References
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