A leitura literária de Terra Sonâmbula: por uma educação emancipatória
Palabras clave:
leitura literária, educação emancipatória, diário de leituraResumen
Este trabalho apresenta um relato de experiência que parte de uma atividade de leitura literária realizada ao longo de dois meses com uma turma de Segundo Ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Química, do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana/RJ. A leitura de Terra Sonâmbula, de Mia Couto, foi dividida em etapas, tendo como ação concomitante a produção de um diário de percepções advindas da experiência do ler. Destacam-se alguns temas principais a serem abordados em sala de aula, como as questões que tangem o universo da África e dos afro-descendentes, a fim de que haja o empoderamento dos educandos negros e o reconhecimento dos demais a respeito do seu papel fundamental no passado e no presente da sociedade. Nesse sentido, compreende-se tal leitura literária também como parte de um ensino potencialmente emancipatório, pois valoriza a história e a cultura das populações historicamente prejudicadas, como apontam as leis 10.639/2003 e 11.645/2008. A discussão proposta é embasada, principalmente, em Davis (2016), Le Goff & Larrivé (2018), Munanga (2015), Rezende (2013) e Rouxel (2013).
Citas
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. 2016. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/relatorios-analiticos/bncc-2versao.revista.pdf>. Acesso em: 20 ago. de 2023.
BRASIL. Lei n. 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2003.
BRASIL. Lei n. 11.645/2008, de 10 de março de 2008. Altera a lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 mar. 2008.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
LE GOFF, François; LARRIVÉ, Véronique. Le temps de l’écriture: écritures de la variation, écritures de la réception. Grenoble: UGA Éditions, 2018.
MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a História da África e do negro no Brasil de hoje? Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n.62, p. 20-31, dez. 2015.
REZENDE, Neide Luzia de. O ensino de literatura e a leitura literária. In: DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita. Leitura de literatura na escola. São Paulo/SP: Parábola, 2013a, p. 99-112.
REZENDE, Neide Luzia de. Apresentação ao leitor brasileiro. In: ROUXEL, Annie; LANGLADE, Gérard; REZENDE, Neide Luzia de. Leitura subjetiva e ensino de literatura. São Paulo: Alameda, 2013b, p. 7-18.
ROUXEL, Annie. Aspectos metodológicos do ensino da literatura. In: DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita. Leitura de literatura na escola. São Paulo/SP: Parábola, 2013a, p. 17-33.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Mulemba
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
- Los autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que eso puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Vea El Efecto del Acceso Libre).