Resistindo ao epistemicídio: em busca de uma literatura infantil afro-brasileira, moçambicana e angolana
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2018.v10n19a20559Parole chiave:
Literatura afro-brasileira, Literaturas moçambicana e angolana, Leis Federais Nº 10.639/2003 e Nº 11.645/2008, epistemicídio, outras epistemologias.Abstract
Este estudo propõe-se a analisar o que algumas/alguns afrodescendentes e africanas/os estão produzindo para romper com o silenciamento da chamada literatura infantil afro-brasileira e das literaturas moçambicana e angolana para o segmento infantil, como forma de incentivar e fomentar a efetivação das Leis Federais Nº 10.639/2003 e Nº 11.645/2008; e a partir disso entender os ensinamentos e aprendizagens que essas respostas podem oferecer. Dialogamos principalmente com Sueli Carneiro (2005) e Boaventura Sousa Santos (2010) quando discorrem sobre o epistemicídio, estrutura que provoca esses silenciamentos. Pensando nesse cenário de desigualdades, elencamos, a partir de fontes diversificadas, como artigos, livros, catálogos e sites, algumas respostas audaciosas que estão sendo empreendidas por escritoras e escritores afrodescendentes e africanas/os, bem como de algumas editoras brasileiras especializadas nas questões raciais, como forma de provocar rachaduras nas malhas do epistemicídio. Dentre as editoras pesquisadas, destacamos a Editora Kapulana, que publica literatura infantil angolana e moçambicana. Desenvolvemos um levantamento de seu catálogo on line, que consistiu no mapeamento da quantidade de obras, período de publicação e autoria. Esperamos com esse estudo visibilizar as respostas de resistência realizadas por mulheres e homens afrodescendentes/ africanas (os) no cenário literário e editorial, e assim provocar mudanças na efetivação das Leis Federais Nº 10.639/2003 e Nº 11.645/2008.
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