Auto-educar-se, reinventar-se, resistir...

criações estéticas e políticas com a dança contemporânea

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.58786/rbed.2024.v3.n5.64261

Mots-clés :

corpo sem órgãos, dança contemporânea, desfazimento de si, auto- criação

Résumé

O corpo foi foco de algumas teorizações que atravessaram o século XX, Nietzsche, Artaud, Foucault e, nas três últimas décadas, Deleuze e Guattari, alinhados a estes autores, retomaram o conceito artaudi- ano de corpo e o sugeriram como prática de resistência à massifica- ção dos nossos afetos. Esse aporte teórico é recortado de uma car- tografia que problematiza a permanência de alguns corpos, nas ati- vidades de dança contemporânea ofertadas pelo Grupo de Dança Guido Viaro. Problematizamos um processo artístico com a dança contemporânea (Setenta; Rocha; Lepecki), desenvolvido em um en- contro semanal, composto por três momentos: 1. Corpo processo de cocriação; 2. Corpo - processo de desfazeção de si; 3. Corpo - pro- cesso (de)composição e recriação. Nosso objetivo é mostrar que es- tes corpos que permanecem em aliançam com a dança, trazem mo- dos de resistir, de produzir certo desfazimento de si, o que os remete a modos afirmativos, alegres e ligeiros de estar no mundo.

 

Bibliographies de l'auteur

Cláudia Madruga Cunha, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil.

Pós-doutora e doutora em Educação, Mestre e licenciada em filosofia, é professora no Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná e no Programa de Pós-graduação em Educação/PPGE/UFPR; Coord. o Grupo Rizoma: Laboratório de Pesquisa em Filosofia da Diferença e Arte e Educação.

Daniella Nery, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil.

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação/PPGE e Mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Teoria e Prática de Ensino/PPGE: Tpen ambos da Universidade Federal do Paraná. Especialista em Consciência corporal/Dança pela Faculdade de Artes do Paraná/FAP e bacharel e licenciada em Dança pela FAP. Artista-docente-pesquisadora da Dança, coordena o Grupo de Dança Guido Viaro e é Membro do Grupo Rizoma UFPR.

Références

AMORIM, Alexandre Sobral Loureiro. Uma introdução à teoria das linhas para a cartografia. Atos de Pesquisa em Educação. Blumenau, v.14, n.3, p.912-933, set./dez. 2019.

COSTA, Luciano Bedin da. A cartografia parece ser mais uma ética (e uma política) do que uma metodologia de pesquisa. Revista Paralelo 31. Edição 15 . Dezembro 2020;

AMORIN, Claudia. Apresentação – a arte como território livre. GREINER, Christine; AMORIN, Claudia (orgs.) Leituras do corpo. 2.ed. São Paulo, 2010.

ARTAUD, Antonin. El ombligo de los limbos: el pesa-niervos. Tradução K. D. Edmondson, Buenos Aires: Los cachorros, 2009.

ARTAUD, Antonin. A perda de si: cartas de Antoni Artaud. Tradução A. Kiffer e M. P. Fernandes. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

COURTINE, Jean-Jacques. Decifrar o corpo – pensar com Foucault. Tradução F.Morás. Petrópolis: Vozes, 2013.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. 2. ed. Tradução Lúcia C. Leão e Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34,1995.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 3. 2. ed. Tradução Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 1996.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: Capitalismo e esquizofrenia. Tradução Joana M. Varela e Manuel Carrilho. Lisboa: Assirio & alvim, 1995.

DOSSE, François. Gilles Deleuze e Félix Guattari: biografia cruzada. Tradução F. Murad. Artmed, 2010.

FROTA, Gonçalo. Jérôme Bel quer que a sua dança seja uma tentativa, nunca uma certeza. Ípsilon, 2016. Disponível em: <https://www.publico.pt/2016/04/27/culturaipsilon/noticia/jerome-bel-quer-que-a-sua-danca-seja-uma-tentativa-nunca-uma-certeza-1730199>. Acesso em 28 maio 2023.

LEPECKI, André. “Desfazendo a fantasia do sujeito (dançante): ‘still acts’ em The Last Performance de Jérôme Bel”. In: SOTER, Silvia e PEREIRA, Roberto (org.). Lições de Dança V. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2005.

LEPECKI, André. Exaurir a dança. Performance e a política do movimento. São Paulo: Annablume, 2017.

LINS, Daniel. Antonin Artaud - o artesão do corpo sem órgãos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.

MARTINS, Giancarlo. Crise do Comum: a dificuldade para estabelecer vínculos comunitários e outros modos de estar juntos. Revista Brasileira de Estudos em Dança, ano 01, n. 02, p. 103-121, 2022.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das letras, 1992.

PELBART, Peter Pál. O avesso de niilismo – cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1, 2013.

PELBART, Peter Pál. A potência do não. In. Fazendo rizoma. Furtado, Beatriz; Lins, Daniel. (orgs). São Paulo: Hedra, 2018.

POZZANA, Laura. A formação do cartógrafo é o mundo: corporificação e afetabilidade. PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; TEDESCO, Silvia (org.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum – volume 2. Porto Alegre: Sulina, 2014.

ROCHA. Tereza. Dança e liquididade - um estudo sobre tempo e imanência na dança contemporânea. Dança, Salvador, v. 2, n. 1, p. 9-21, jan./jun. 2013.

ROCHA. Tereza. O que é dança contemporânea? uma aprendizagem e um livro de prazeres. Salvador: Conexões criativas, 2016.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental. Porto Alegre: Sulina, 2016.

SETENTA, Jussara. O fazer-dizer do corpo – Dança e performatividade. Salvador: EDUFBA, 2008.

UNO, Kuniichi. Hijikata Tatsumi – pensar um corpo esgotado. Tradução: Christine

Greiner e Ernesto filho. São Paulo: n -1, 2018.

UNO, Kuniichi. Artaud – pensamento e corpo. Tradução C. Greiner e E. Filho. São

Paulo: N-1, 2022.

AMORIM, Alexandre Sobral Loureiro. Uma introdução à teoria das linhas para a cartografia. Atos de Pesquisa em Educação. Blumenau, v.14, n.3, p.912-933, set./dez. 2019.

COSTA, Luciano Bedin da. A cartografia parece ser mais uma ética (e uma política) do que uma metodologia de pesquisa. Revista Paralelo 31. Edição 15 . Dezembro 2020;

AMORIN, Claudia. Apresentação – a arte como território livre. GREINER, Christine; AMORIN, Claudia (orgs.) Leituras do corpo. 2.ed. São Paulo, 2010.

ARTAUD, Antonin. El ombligo de los limbos: el pesa-niervos. Tradução K. D. Edmondson, Buenos Aires: Los cachorros, 2009.

ARTAUD, Antonin. A perda de si: cartas de Antoni Artaud. Tradução A. Kiffer e M. P. Fernandes. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

COURTINE, Jean-Jacques. Decifrar o corpo – pensar com Foucault. Tradução F.Morás. Petrópolis: Vozes, 2013.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. 2. ed. Tradução Lúcia C. Leão e Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34,1995.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 3. 2. ed. Tradução Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 1996.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: Capitalismo e esquizofrenia. Tradução Joana M. Varela e Manuel Carrilho. Lisboa: Assirio & alvim, 1995.

DOSSE, François. Gilles Deleuze e Félix Guattari: biografia cruzada. Tradução F. Murad. Artmed, 2010.

FROTA, Gonçalo. Jérôme Bel quer que a sua dança seja uma tentativa, nunca uma certeza. Ípsilon, 2016. Disponível em: <https://www.publico.pt/2016/04/27/culturaipsilon/noticia/jerome-bel-quer-que-a-sua-danca-seja-uma-tentativa-nunca-uma-certeza-1730199>. Acesso em 28 maio 2023.

LEPECKI, André. “Desfazendo a fantasia do sujeito (dançante): ‘still acts’ em The Last Performance de Jérôme Bel”. In: SOTER, Silvia e PEREIRA, Roberto (org.). Lições de Dança V. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2005.

LEPECKI, André. Exaurir a dança. Performance e a política do movimento. São Paulo: Annablume, 2017.

LINS, Daniel. Antonin Artaud - o artesão do corpo sem órgãos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.

MARTINS, Giancarlo. Crise do Comum: a dificuldade para estabelecer vínculos comunitários e outros modos de estar juntos. Revista Brasileira de Estudos em Dança, ano 01, n. 02, p. 103-121, 2022.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das letras, 1992.

PELBART, Peter Pál. O avesso de niilismo – cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1, 2013.

PELBART, Peter Pál. A potência do não. In. Fazendo rizoma. Furtado, Beatriz; Lins, Daniel. (orgs). São Paulo: Hedra, 2018.

POZZANA, Laura. A formação do cartógrafo é o mundo: corporificação e afetabilidade. PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; TEDESCO, Silvia (org.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum – volume 2. Porto Alegre: Sulina, 2014.

ROCHA. Tereza. Dança e liquididade - um estudo sobre tempo e imanência na dança contemporânea. Dança, Salvador, v. 2, n. 1, p. 9-21, jan./jun. 2013.

ROCHA. Tereza. O que é dança contemporânea? uma aprendizagem e um livro de prazeres. Salvador: Conexões criativas, 2016.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental. Porto Alegre: Sulina, 2016.

SETENTA, Jussara. O fazer-dizer do corpo – Dança e performatividade. Salvador: EDUFBA, 2008.

UNO, Kuniichi. Hijikata Tatsumi – pensar um corpo esgotado. Tradução: Christine

Greiner e Ernesto filho. São Paulo: n -1, 2018.

UNO, Kuniichi. Artaud – pensamento e corpo. Tradução C. Greiner e E. Filho. São

Paulo: N-1, 2022.

Publiée

2024-10-18

Comment citer

CUNHA, Cláudia Madruga; NERY, Daniella. Auto-educar-se, reinventar-se, resistir...: criações estéticas e políticas com a dança contemporânea. Revue Brésilienne des Études en Danse, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 33–59, 2024. DOI: 10.58786/rbed.2024.v3.n5.64261. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rbed/article/view/64261. Acesso em: 23 nov. 2024.