Auto-educar-se, reinventar-se, resistir...
criações estéticas e políticas com a dança contemporânea
DOI :
https://doi.org/10.58786/rbed.2024.v3.n5.64261Mots-clés :
corpo sem órgãos, dança contemporânea, desfazimento de si, auto- criaçãoRésumé
O corpo foi foco de algumas teorizações que atravessaram o século XX, Nietzsche, Artaud, Foucault e, nas três últimas décadas, Deleuze e Guattari, alinhados a estes autores, retomaram o conceito artaudi- ano de corpo e o sugeriram como prática de resistência à massifica- ção dos nossos afetos. Esse aporte teórico é recortado de uma car- tografia que problematiza a permanência de alguns corpos, nas ati- vidades de dança contemporânea ofertadas pelo Grupo de Dança Guido Viaro. Problematizamos um processo artístico com a dança contemporânea (Setenta; Rocha; Lepecki), desenvolvido em um en- contro semanal, composto por três momentos: 1. Corpo processo de cocriação; 2. Corpo - processo de desfazeção de si; 3. Corpo - pro- cesso (de)composição e recriação. Nosso objetivo é mostrar que es- tes corpos que permanecem em aliançam com a dança, trazem mo- dos de resistir, de produzir certo desfazimento de si, o que os remete a modos afirmativos, alegres e ligeiros de estar no mundo.
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