Um ensaio de dança

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58786/rbed.2024.v3.n5.64190

Palavras-chave:

Dança, Política, Contracolonialidade

Resumo

"Um ensaio de dança" nasce pensado como uma roda de conversa ou, especificamente, uma roda de samba. A diversidade e a circularidade, que deixa a todos no mesmo nível, são estruturantes: não basta conversar, ou sambar, somente com Antônio Bispo dos Santos - pensador quilombola da contracolonialidade e principal autor de referência deste ensaio. A roda, para ser boa, pede por mais gente: teóricos e práticos, canônicos e populares, dialogam na gira, que desenha questões da dança entendida enquanto modo de vida, patrimônio cultural imaterial, trabalho, profissão e campo de conhecimento - mesmo que, por vezes, estas tantas dimensões se choquem entre si. No gingado, abre-se discussão sobre uma democratização contracolonial que ultrapassa o reconhecimento e valorização de saberes não hegemônicos na Universidade e ocupa-se também de uma atualização metodológica e formal.

Biografia do Autor

Mirela Lima de França, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

Bailarina profissional desde 2009, cursou a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (Joinville/Brasil). Possui graduação em Design de Moda pela Universidade Veiga de Almeida (2016, Rio de Janeiro/Brasil). Atuou em importantes companhias brasileiras como o Balé Teatro Castro Alves (Salvador/Brasil). Atualmente performa como artista independente e pesquisadora da dança. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Dança, tendo atuado como intérprete, coreógrafa, diretora, professora e figurinista. Tem trabalhos de Artes Cênicas (Dança) e Videodança selecionados em editais públicos federais e dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na área acadêmica, interessa-se por uma abordagem contracolonial e multidisciplinar da Dança.

Dra. Mirella Misi, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

Atualmente é Professora da Escola da Dança da Universidade Federal da Bahia. Coordenadora do Laboratório de Pesquisas Avançadas do Corpo (LAPAC) e do Laboratório de Captura de Movimento (MoCap). Co-lider do Elétrico Grupo de Pesquisa em Ciberdança. Atua no Programa de Pós-Graduação em Dança/UFBA - Mestrado e Doutorado Acadêmicos (PPGDança) e Programa de Mestrado Profissional em Dança (PRODAN). Fundadora do Laboratório de Arte e Tecnologia SLASH, em Amsterdam. Tem doutorado em Artes Cênicas (UFBA) com estágio no Departamento de Comunicação, Informação e Tecnologia da The Hague University of Applied Sciences, Holanda. Mestrado em Artes Cênicas (UFBA) com estágio na Amsterdamse Hogeschool voor de kunsten, Holanda. Licenciatura em Dança (UFBA). Áreas de Conhecimento: Filosofia da Arte, História da Arte, Educação e Criação Artística. Experiência na área das artes:Dança, Artes Visuais, Arte Digital e Interativa, Videodança.

Referências

KRENAK, A. Futuro Ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

LEPECKI, A. Exaurir a dança: performance e a política do movimento. Tradução: Pablo Assumpção Barros Costa. São Paulo: Annablume, 2017.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

O., B. Pedagogias do chão: arte, política e disputa na experiência do JAMAC. São Paulo: autoria compartilhada. No prelo.

PAES, G. B. A. Dança e estado: dispositivos de centralização do poder e pulverização do dissenso. Salvador: Edufba, 2021.

RAMOS, N. Fooquedeu: um diário. São Paulo, 2022.

SANTOS, A. B. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora/ PISEAGRAMA, 2023.

UKELES, M. L. (s.d.) Manifesto for Maintenance Art, 1969!. Ronald Feldman Gallery, New York. Disponível em: https://feldmangallery.com/exhibition/manifesto-for-maintenance-art-1969. Acesso em: 29/05/2024.

Publicado

2024-10-18

Como Citar

LIMA DE FRANÇA, Mirela; MISI, Mirella. Um ensaio de dança. Revista Brasileira de Estudos em Dança, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 458–473, 2024. DOI: 10.58786/rbed.2024.v3.n5.64190. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rbed/article/view/64190. Acesso em: 21 nov. 2024.