NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: ORIGENS, SIGNIFICADOS E USOS NA PESQUISA-FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PDF

Palavras-chave

Pesquisa Narrativa
Histórias de vida
Formação de professores

Resumo

No presente ensaio teórico problematizamos a Pesquisa Narrativa como método e fenômeno de pesquisa sobre a formação docente, e ainda como instrumento de formação. Propõe-se inicialmente uma revisão histórica, destacando-se alguns marcos nos quais emergiu e se desenvolveu essa modalidade de pesquisa-formação. Em seguida, discute-se os sentidos das diferentes, porém convergentes, modalidades e terminologias que constituem o movimento da abordagem narrativa. Finalmente, analisamos seu potencial formador nos processos de formação docente e como tem sido utilizada no âmbito da pesquisa ao buscar compreender, interpretar e (re)significar a experiência nas histórias de vida pessoal e profissional de professores.
https://doi.org/10.20500/rce.v10i19.1929
PDF

Referências

ABRAHÃO, M. H. M. B. Memoriais de formação: a (re)significação das imagens-lembranças/recordações-referências para a pedagoga em formação. Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 165-172, maio/ago. 2011.

BENJAMIN, W. O narrador -- considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e a história da cultura. São Paulo: Brasiliense (Obras escolhidas, v.I), 1985.

CATANI, D, B; BUENO, B. O; SOUSA, C. P; SOUZA, M. C. C. C. História, memória e autobiografia na pesquisa educacional e na formação. IN: CATANI, D, B; BUENO, B. O; SOUSA, C. P; SOUZA, M. C. C. C (Orgs). Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras Editora. 1997.

CHENÉ. A. A narrativa de formação e a formação de professores. In: NÓVOA, A; FINGER, M (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Departamento de Recursos Humanos/Ministério da Saúde. 1988.

CUNHA, M. I. Conta-me agora! As narrativas como alternativas pedagógicas na pesquisa e no ensino. Rev. Fac. Educ., São Paulo, v. 23, n. 1-2, 1997.

CUNHA, M. I; CHAIGAR, V. A. M. A dimensão da escrita e da memória na formação reflexiva de professores: dois estudos em diálogo. IN: FERREIRA, M. O. V; FISCHER, B. T. D. PERES, L. M. V. Memórias docentes: abordagens teórico-metodológicas e experiências de investigação. São Leopoldo: Oikos; Brasília: Leber Livros, 2009.

DOMINICÉ, P. A biografia educativa: instrumento de investigação para a educação de adultos. In: NÓVOA, A; FINGER, M (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Departamento de Recursos Humanos/Ministério da Saúde. 1988.

FERRAROTTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A; FINGER, M (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Departamento de Recursos Humanos/Ministério da Saúde. 1988.

FREITAS, M. T. M; FIORENTINI, D. As possibilidades formativas e investigativas da narrativa em educação matemática. Horizontes, v. 25, n. 1, p. 63-71, jan./jun. 2007.

GALVÃO, C. Narrativas em educação. Ciência & Educação, v. 11, n. 2, p. 327-345, 2005.

GONÇALVES, T. V. O. Ensino de ciências e matemática e formação de professores: marcas da diferença. Tese de doutorado. Campinas: Unicamp. 2000.

GOODSON, I. F. Dar voz ao professor: as histórias de vida dos professores e o seu desenvolvimento profissional. In: NÓVOA, A (Org.). A vida de professores. Porto: Porto Editora. 2000.

HOLLY, M. L. Investigando a vida profissional de professores: diários biográficos. In: NÓVOA, A (Org.). A vida de professores. Porto: Porto Editora. 2000.

JOSSO, M. C. Da formação do sujeito... ao sujeito da formação. In: NÓVOA, A; FINGER, M (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Departamento de Recursos Humanos/Ministério da Saúde. 1988.

LARROSA. J. Nota sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação. n. 19, p. 20-28, 2002.

MOITA, M. C. Percursos de formação e de trans-formação. In: NÓVOA, A (Org.). A vida de professores. Porto: Porto Editora. 2000.

NÓVOA. A. Os professores e as histórias de sua vida. In: NÓVOA, A (Org.). A vida de professores. Porto: Porto Editora. 2000.

PASSEGI, M. C. Experiência em formação. Educação, v. 34, n. 2, p. 147-156, maio/ago. 2011.

PINEAU. G. A autoformação no decurso da vida: entre a hetero e a ecoformação. In: NÓVOA, A; FINGER, M (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Departamento de Recursos Humanos/Ministério da Saúde. 1988.

PINEAU. G. As histórias de vida em formação: gênese de uma corrente de pesquisa-ação-formação existencial. Educação e Pesquisa, v.32, n.2, p. 329-343, maio/ago. 2006.

SOUSA SANTOS, B. Um discurso sobre as ciências. Protugal: Afrontamento. 2002.

SOUZA, E. C. A arte de contar e trocar experiências: reflexões teórico-metodológicas sobre história de vida em formação. Revista Educação em Questão, v. 25, n. 11, p. 22-39, jan./abr. 2006a.

SOUZA, E. C. O conhecimento de si: estágio e narrativa de formação de professores. Rio de Janeiro: DP &A Salvador, BA: UNEB, 2006b.

SOUZA, E. C. Pesquisa Narrativa, (auto)Biografias e História Oral: ensino, pesquisa e formação em Educação Matemática. Ci. Huma. e Soc. em Rev. v. 32 n.2, 2010.

TELLES, J. A. A trajetória narrativa: histórias sobre a formação do professor de línguas e sua prática pedagógica. Trab. Ling. Aplic., v. 34, p. 74-92. 1999.

Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).