ANÁLISE DA CONFIGURAÇÃO TEXTUAL: PEDAGOGIA DA ESPERANÇA

Conteúdo do artigo principal

Amabriane da Silva Oliveira Shimite
Fabiana Oliveira Koga

Resumo

A Educação e a sociedade brasileira têm vivido momentos obscuros, que colocam em risco a democracia e a liberdade, sendo este um momento oportuno para revisitar e refletir sobre os conceitos e os sentidos que compõem o livro Pedagogia da Esperança de Paulo Freire. Foram almejados o tratamento e a análise de informações sob a forma de discursos pronunciados em diferentes linguagens: escritos, orais, imagens e gestos. Objetivou-se analisar o livro, compreendendo-o como parte de um discurso inovador, ousado e corajoso, cujo estudo suscita reflexões. Pode-se reafirmar a luta galgada pelo professor sobre a compreensão de si e de seu aluno? Cabe ao professor conduzir o aluno à reflexão crítica a respeito da emancipação e da liberdade de pensamento? Trata-se da análise da configuração textual. Paulo Freire deixou um legado no livro Pedagogia da Esperança possivelmente pautado em três dimensões: interdição, libertação e esperança. Para que mudanças ocorram é preciso buscar a vontade popular, uma liderança lúcida e um momento histórico propício à revolução social.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos
Biografia do Autor

Amabriane da Silva Oliveira Shimite, UNESP - Universidade Estadual Paulista

Doutoranda bolsista CAPES e Mestra pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista - UNESP, na linha de pesquisa em Educação Especial, atuando em trabalhos com a temática: deficiência e Ensino Superior. É especialista em Educação Especial pelo Centro Universitário Claretiano- CEUCLAR e em Gestão do Controle de Qualidade em Alimentos pela Faculdade Tecnologia de Marília - FATEC. Foi docente e responsável pelo projeto" Inclusão de alunos com deficiência no curso superior de Tecnologia em Alimentos - FATEC Marília" e docente no curso de Pedagogia da Faculdade de Ensino Superior e Educação Integral - FAEF . Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em processamento de alimentos, atuando nos seguintes temas: hortaliças convencionais e não convencionais e controle de qualidade em alimentos. Na área da Educação possui experiência como docente no Ensino Superior, responsável pelo atendimento especializado ao aluno com deficiência e pela elaboração de materiais adaptados para a profissionalização de estudantes com deficiência, com ênfase em deficiência visual, no curso de Tecnologia em Alimentos. É membro do grupo de pesquisa Trabalho, Saúde e Deficiência pelo CNPq e foi membro da Comissão de Acessibilidade e Inclusão da Universidade Estadual Paulista - UNESP.

Fabiana Oliveira Koga, UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos

Graduação em Instrumento Piano e em Educação Musical pela Universidade do Sagrado Coração (UNISAGRADO, Bauru). Pós-Graduada em Psicopedagogia clínica pela Faculdade Paulista. É Mestre e doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Filosofia e Ciências, campus de Marília. É autora do livro "Precocidade e Superdotação Musical" (pesquisa realizada com o apoio do CNPQ - bolsa de mestrado) e autora, com o apoio da FAPESP, do "Protocolo para Screening de Habilidades Musicais - PSHM", o qual é patenteado assim como a logo marca Professora Fabi. Participou do curso de formação com Joseph S. Renzulli na Universidade de Connecticut. É membro do Grupo de Pesquisa para o Desenvolvimento do Potencial Humano (GRUPOH) e pós-doutoranda, na Universidade Federal de São Carlos sob a coordenação da Professora Dra Rosemeire de Araújo Rangni. É bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Foi educadora musical do Colégio Sagrado (Rede Sagrado de Educação, Marília) e foi docente do curso de Pedagogia da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista - FAIP.

Referências

ALMEIDA, L. C. Paulo Freire: presente! Levantamento bibliográfico em educação & sociedade. Educação & Sociedade, Campinas, v. 42, p. 1-24, 2021. https://doi.org/10.1590/ES.254030

ALTHUSSER, L. A favor de Marx pour Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

________. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado: notas para uma investigação. In: ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. p. 105-41.

ARAÚJO, M. S. et al. A atualidade de Paulo Freire em tempos de pandemia: tecendo diálogos sobre os desafios da educação e do fazer docente. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 16, p. 1-20, 2021. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.16.16610.009

BENVENISTE, E. Da subjetividade na linguagem. In: BENVENISTE, E. Problemas de lingüística geral I. 2. ed. Campinas: Universidade de Campinas, 1988. p. 284-93.

DUARTE, N. A individualidade para si: contribuição a uma teoria histórico-crítica da formação do indivíduo. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2013.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 23. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016.

________. Pedagogia do oprimido. 66. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.

LÚRIA, A. A construção da mente. 2. ed. São Paulo: Ícone, 2015.

MAINGUENEAU, D. Discurso e análise do discurso. São Paulo: Parábola, 2015.

MORTATTI, M. R. L. Os sentidos da alfabetização. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2000.

PINHEIRO, J. Uma ruptura declarada. In: PINHEIRO, J. (Org.). Ler Althusser. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. p. 183-212.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. Companhia da Letras, 1995.

SAVIANI, D. Paulo Freire, centésimo ano: mais que um método, uma concepção crítica de Educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 42, 1-15, 2021. https://doi.org/10.1590/ES.254988

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho Científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

SKLIAR, C. A inclusão que é “nossa” e a diferença que é do “outro”. In: RODRIGUES, D. Inclusão e educação: doze olhares sobre educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. p. 15-63.

VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Tomo II. 2. ed. Madrid: A. Machado, 2001, p. 48.