Conversas transescalares sobre as crises como bússola profissional

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Felipe Costa Aguiar
Anniele Sarah Ferreira de Freitas

Resumo

Neste artigo temos como objetivo conversar sobre como nossas bússolas profissionais têm nos orientado em tempos de policrises, compreendendo-as como crises de inúmeras ordens que se mesclam nos espaços escolares. Devido às várias vozes que emergem em nossas conversas elas se caracterizam como “conversas complicadas”, ou seja, currículo experienciado. As conversas narram experiências nas paisagens de conhecimento profissional que temos vivido separadamente nos municípios de Londrina-PR e no Rio de Janeiro-RJ. Ao final, concordamos que, apesar da particularidade de cada contexto de trabalho, nossas experiências curriculares em novas paisagens de conhecimento profissional têm desestabilizado ideias de docência, ensino, Geografia, escola etc. Com isso, verbos como conhecer, interpretar e atuar têm sido a base de adaptação das nossas bússolas profissionais aos contextos de policrises.

Detalhes do artigo

Seção
Número Temático: Territorialidades da educação e arquitetura escolar
Biografia do Autor

Felipe Costa Aguiar, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutorando em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Membro dos Grupos de Pesquisa Geografia Humanista Cultural (GHUM), Nomear - Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Geografia e Grupo de Pesquisa Geografia, Fenomenologia & Educação.

Anniele Sarah Ferreira de Freitas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Professora de Geografia na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Mestra e doutora em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas. Membro do Ateliê de Pesquisas e Práticas em Ensino de Geografia - Apegeo.

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