Palavras-chave
Como Citar
Resumo
Este artigo é um recorte de um estudo de doutoramento que teve como objetivo compreender a respeito de processos coloniais e decoloniais relacionados à infância, por meio da análise das relações de crianças com seus pares e com suas educadoras, estabelecidas nos espaços ao ar livre de um Centro de Educação infantil. Para alcançar esse objetivo, a metodologia alinhou as perspectivas etnográfica e metodologias de pesquisas com crianças, tendo como método a observação participante. Neste trabalho, discutimos a respeito de uma das categorias construídas na pesquisa: estratégias decoloniais das crianças. Os resultados da pesquisa demonstraram que as crianças se posicionam, enfrentam e confrontam posturas coloniais-adultocêntricas que buscam colonizar o seu brincar.
Palavras-chave: Estratégias decoloniais. Infância. O brincar.
Referências
Abramowicz, A & Oliveira, F. (2010). A sociologia da infância no Brasil: Uma área em construção. Educação, 35(1), 41-54. https://doi.org/10.5902/198464441602
Barbosa, M. C. (2007). Culturas escolares, culturas de infância e culturas familiares: As socializações e a escolarização no entretecer destas culturas. Educação e Sociedade, 28(100), 1059-1083. https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000300020
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: 70.
Borba, A. M. (2007). Culturas da infância nos espaços-tempos do brincar: Estratégias de participação e construção da ordem social em um grupo de crianças de 4-6 anos. Momento Diálogos em Educação, 18(1), 35-50.
Cannella, G., & Viruru, R. (2004). Childhood and postcolonization: Power, education, and contemporary practice. London: Psychology.
Corsaro, W. (2011). Sociologia da infância (2a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Corsaro, W. A. (2009). Métodos etnográficos no estudo da cultura de pares e das transições iniciais na vida das crianças. In F. Müller, & A. M. A. Carvalho (Orgs.), Teoria e práticas na pesquisa com crianças: Diálogos com William Corsaro (pp. 83-103). São Paulo: Cortez.
Faria, A. L. G., & Finco, D. (2011). Apresentação. In A. L. G. Faria, & D. Finco, Sociologia da infância no Brasil (pp. 3-16). Campinas: Autores Associados.
Geertz, C. (2008). A interpretação das culturas (13a reimpr.). Rio de Janeiro: LTC.
Kramer, S. (2011). Infância e pesquisa: Opções teóricas e interações com políticas e práticas. In E. A. C. Rocha, & S. Kramer (Orgs.), Educação infantil: Enfoques em diálogo (pp. 385-396). São Paulo: Papirus.
Liebel, M. (2016). ¿Niños sin niñez? Contra la conquista poscolonial de las infancias del Sur global. Millcayac: Revista Digital De Ciencias Sociales, 3(5), 245-272.
Liebel, M. (2020). Decolonizing childhoods: From exclusion to dignity. Bristol: Policy Press. Lima, L. R. L., & Almeida, R. O. (2025). (De)colonial processes related to childhoods: playing outdoors in early childhood education. Revista Diálogo Educacional, 25(85), 678-693. https://doi.org/10.7213/1981-416X.25.085.DS13
Macedo, E. E., Santiago, F., Santos, S. E., & Faria, A. L. G. (2016). Infâncias e descolonização: Desafios para uma educação emancipatória. Crítica Educativa, 2(2), 38-50. https://doi.org/10.22476/revcted.v2i2.95
Martins Filho, A. J., & Barbosa, M. C. S. (2010). Metodologia de pesquisas com crianças. Revista Reflexão e Ação, 18(2), 8-28. https://doi.org/10.17058/rea.v18i2.1496
Mignolo, W. (2003). Histórias locais/projetos globais: Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar (S. Oliveira, Trad.). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais.
Mignolo, W. (2017). Colonialidade: O lado mais escuro da modernidade (M. Oliveira,Trad.). Revista Brasileira de Ciências Sociais, 32(94), 1-18.
Ministério da Educação – MEC. (2009). Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: o autor.
Quijano, A. (1992). Colonialidad y modernidad-racionalidad. In H. Bonillo (Comp.), Los conquistados (pp. 437-449, W. F. Nascimento, Trad.). Bogotá: Tercer Mundo.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In E. Lander (Org.), A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino americanas (pp. 129-157). Buenos Aires: Clacso.
Quijano, A. (2009). Colonialidade do poder e classificação social. In B. Santos, & M. P. Meneses (Org.), Epistemologias do sul (pp. 73-117). Coimbra: Almedina.
Qvortrup, J. (2014). Visibilidades das crianças e da infância (B. Breda, Trad.). Linhas Críticas, 20(41), 23-42.
Salva, S., Schütz, L. W., & Mattos, R. S. (2021). Decolonialidade e interseccionalidade: Perspectivas para pensar a infância. Cadernos de Gênero e Diversidade, 7(1), 160-178. https://doi.org/10.9771/cgd.v7i1.43546
Santiago, F. (2014). “O meu cabelo é assim… igualzinho o da bruxa, todo armado”: Hierarquização e racialização das crianças pequenininhas negras na educação infantil (Dissertação de mestrado). Faculdade de Educação, da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
Santiago, F., & Faria, A. L. G. (2015). Para além do adultocentrismo: Uma outra formação docente descolonizadora é preciso. Educação e Fronteiras On-Line, 5(13), 72-85.
Sarmento, M. J. (2002). Imaginário e cultura da infância. Cadernos de Educação, (21), 51-69. https://doi.org/10.15210/caduc.v0i21.1467
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Revista Contemporânea de Educação