O registro do etnógrafo: reflexões sobre a prática etnográfica educacional
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Etnografia
Pesquisa Qualitativa
Netnografia

Abstract

O presente artigo tem por objetivo tecer algumas reflexões sobre as composições metodológicas de três pesquisas qualitativas de abordagem etnográfica que tiveram como objeto de análise as tecnologias digitais e sua relação com a educação. Para tanto, situamos o contexto em que etnografia educacional surge no Brasil e analisamos a literatura contemporânea sobre estudos etnográficos diante da disseminação de artefatos tecnológicos em todos os espaços sociais. A narrativa problematiza os desafios do etnógrafo em documentar a realidade como ela se apresenta, com todas as suas impurezas, evidenciando as tensões, os dilemas, as ambivalências e os inacabamentos que surgem no lócus observado.

https://doi.org/10.20500/rce.v13i26.14022
PDF (Português (Brasil))

References

ANDRE, M. E. D. A.. Etnografia da prática escolar. 18. ed. Campinas: Papirus, 2012.

ARTOPOULOS, A. El docente traductor: claves para la integración de tecnologia em la escuela. Revista Linhas, v. 14, n. 27, p. 59-82, 2013.

BALL, S. J. Educação Global S. A.: novas redes de políticas e o imaginário neoliberal. Ponta Grossa, Brasil: UEPG, 2014.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Traduzido por Luís Antero Neto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.

COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL -- CGI.Br. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de informação e comunicação no Brasil: TIC domicílios e empresas 2013. São Paulo: Comunicação Nic.br, 2014.

______. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de informação e comunicação no Brasil: TIC domicílios e empresas 2012. São Paulo: Comunicação Nic.br, 2013.

______. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de informação e comunicação no Brasil: TIC domicílios e empresas 2011. São Paulo: Comunicação Nic.br, 2012.

DEWES, J. O. A amostragem em Bola de Neve e Respondent-Driven: Uma descrição dos Métodos. 2013. 63 f. Graduação (Trabalho de conclusão de curso) -- Graduação em Estatística, Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

ERICKSON, F. Ethnographic microanalysis of interaction. In: LECOMPTE, M. D.; MILLROY, W. L.; PREISSLE, J. (Orgs.). The Handbook of Qualitative Research in Education. Nova York: Academic Press, 1992. p. 201-226.

______. Novas tendências da pesquisa etnográfica em educação. Conferência proferida na Faculdade de Educação da USP, 1993.

FLORIDI, L. The Onlife Manifesto: Being Human in a Hyperconnected Era. London: Springer, 2015.

GEERTZ, C. The interpretation of cultures. New York: Basic Books, 1973.

GOODMAN, Leo A. Snowball Sampling. Annals of Mathematical Statistics, v. 32, p. 148-170, 1961. Disponível em: < http://projecteuclid.org/DPubS?verb=Display&version=1.0&service=UI&handle=euclid.aoms/1177705148&page=record >. Acesso em: 04 set. 2017.

HINE, C. Etnografia Virtual. Barcelona: UOC, 2004. (Colección Nuevas Tecnologías y Sociedad)

JACSON, P. W. La vida en las aulas. Nova York: Columbia University, 1990. (by Teachers)

LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. Barcelona: Paidós, 1988.

LUNARDI-MENDES, G. M. Lost in translation? Professores, tecnologias e inovação na sala de aula. Revista Tempo e Espaços em Educação, v. 10, n 23, p. 61-72, 2017.

MALINOWSKI, B. Os argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1976.

MATTOS, C. L. G.. A abordagem etnográfica na investigação científica. In: MATTOS, C. L. G.; CASTRO, P. A. (Orgs.). Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011. p. 49-83.

MEHAN, H. “Understanding inequality in schools: the contribution of interpretative studies”. Sociology of Education, v. 62, n. 1, p. 265-286, 1992.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa. 14. ed. São Paulo: HUCITEC, 2014.

OLIVEIRA , A. Por que etnografia no sentido estrito e não estudos do tipo etnográfico em educação? Revista FAEEBA, Salvador, v. 22, n. 40, p. 69-82, 2013.

PASSARELLI, B. Literacias emergentes nas redes sociais: estado da arte e pesquisa qualitativa no observatório da cultura digital. In: PASSARELLI, B. Atores em Rede: Olhares Luso-Brasileiros. São Paulo: Editora SENAC SP, 2010.

Reis, V. O ofício etnográfico: notas sobre a execução de uma pesquisa qualitativa em educação. In: Lunardi-Mendes, G. M.; BORGES, M. K. (Orgs.). Empréstimo de políticas educacionais: o modelo ‘um computador por aluno' no Brasil e no mundo. No prelo.

______. Jovens professores conectados: os desafios da docência na era digital. 2016. 177 f. Dissertação (Mestrado) -- Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Ciências Humanas e da Educação, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.

SALES, S. R. Etnografia+netnografia+análise do discurso: articulações metodológicas para pesquisar em educação. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAISO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza, 2012. p. 111-132.

SIMON, A.; BOYER, G. E. (Orgs.). Mirrors for behavior. In: Research for Better Schools, Filadélfia, 1968.

______. Mirrors for behavior II. In: Research for Better Schools, Filadélfia, 1970.

VALENTIM, D. F. D. Ex-Alunos Negros Cotistas da UERJ: os desacreditados e o sucesso acadêmico. 2012. 234f. Tese (Doutorado em Educação) --Departamento de Educação, PUC, Rio de Janeiro.

WILLIS, P. Learning to labor: working class kids get working class jobs. Farnborough: Saxon House, 1977.

WOODS, P. Inside schools. Ethnography in educational research. London: Routledge, 1986.

Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).