Supplementary Files
Keywords
Animação Cultural
Entrevistas.
Abstract
O presente artigo reflete a tese de doutorado defendida pelo autor e teve como objetivo compreender o Programa de Animação Cultural elaborado por Darcy Ribeiro, nos Centros Integrados de Educação Pública do Rio de Janeiro (Cieps/Cieps-RJ), entre os anos 1983–1987, problematizando a inteireza da escola com o ambiente sociocultural dos alunos e alunas a partir de suas comunidades. Tema posteriormente revisitado no pós-doutoramento, em destaque no desenvolvimento do texto. O conjunto de ambas as pesquisas, considerando a distinção entre cada período observado, ampliou a compreensão dos fatos. Na metodologia priorizamos fontes bibliográficas e fontes documentais disponíveis publicamente na tese, mescladas às entrevistas de campo. As duas últimas entrevistas, envolvendo o tema pesquisado, são apresentadas no texto em tela. A pesquisa de natureza qualitativa, diante do conteúdo teórico das matérias ensinadas nas salas de aula dos Cieps, pretendeu abordar a importância do conhecimento empírico acumulado pelos animadores culturais, discutindo a participação didática destes profissionais no cotidiano escolar. Seu resultado inspira possibilidades emancipatórias perante uma educação pública tradicionalmente magistrocêntrica, como aborda Gadotti.
References
Abrantes, A. A., & Martins, L. M. (2007). A produção do conhecimento científico: relação sujeito-objeto e desenvolvimento do pensamento. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 11(22), 313-325. https://doi.org/10.1590/S1414-32832007000200010.
Aieta, V. S., & Zuin, A. L. A. (2012). Princípios norteadores da cidade educadora. Revista de Direito da Cidade, 4(2), 193-232. https://doi.org/10.12957/rdc.2012.9717
Almeida, R. S. (2011, agosto 2). Cultura de periferia na periferia. Le Monde Diplomatique Brasil.
Alves, C., & Marcellino, N. C. (2008). O profissional de educação física como animador sociocultural atuando nos clubes da cidade de Americana-SP: contribuições nas relações entre o lazer e a idade adulta. Revista Licere, 11(1), 1-19.
Amaral, M. (2011). O rap, o hip-hop e o funk: a “eróptica” da arte juvenil invade a cena das escolas públicas nas metrópoles brasileiras. Revista de Psicologia USP, 22(3), 593-620. https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000025.
Berkenbrock, V. J. (2012). A relação da igreja católica com as religiões afro-brasileiras anotações sobre uma dinâmica. Religare 9 (1), 17- 34, março de 2012, Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/15803/9048.
Chagas, M. A. M. (2012). Animação cultural: uma inovação pedagógica na escola pública fluminense dos anos 1980 (Tese de Doutorado). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Chagas, M. A. M. (2015). Animação Cultural: a inovação dos CIEPs-RJ nos anos 1980. Curitiba: Appris.
Chauí, M. (2010). Cidadania cultural: o direito à cultura. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Chervel, A. (1990). História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, 2, 177-229.
Coelho, L. M. C. (2009). História(s) da educação integral. Em aberto. Recuperado em 13 de maio de 2021 de: http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485895/Educa%C3%A7%C3%A3o+integral+e+tempo+integral/798ad55d-4bfe-4305-a255-5da3bd750092?version=1.1.
Coelho, T. (2011). O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense.
Conde, C. (1995). Animação cultural. In D. Ribeiro, Carta: fala, reflexões, memórias. Brasília: Senado Federal.
Dayrrel, J. (2007). A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Revista Educação & Sociedade, 28(100), 1105-1128. https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000300022.
Demo, P. (2006). Pesquisa: princípio científico e educativo (12a ed.). São Paulo: Cortez.
Duarte, R. (2002). Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de Pesquisa, (115), 139-154. https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000100005.
Faria, L. (1991). CIEP: a utopia possível (Coleção hoje e amanhã). São Paulo: Tatu.
Faria, L. (2011). Chaguismo e brizolismo: territorialidades políticas da escola fluminense. Rio de Janeiro: Faperj.
Farias, I. M. (1998). Diferença entre polivalência e politecnia: implicações para a formação da concepção sobre o trabalho no processo educativo. Educação e Filosofia, 12(23), 11-29. https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v12n23a1998-861.
Fazenda, I. (2018). Metodologia da pesquisa educacional (12a ed.). São Paulo: Cortez.
Freire, P. (1994). Pedagogia do oprimido (17a ed.). São Paulo: Paz e Terra.
Freitas, M. C. (Org.) (2012). História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez.
Frigotto, G. (2011). A alternativa implica que a sociedade assuma a educação pública. Revista Caros Amigos.
Fróes, M. (2015, maio 27) “Ciência também é arte”, diz pesquisadora. Arquivo de Notícias UFJF. Recuperado em 18 outubro de 2022 de: https://www.ufjf.br/arquivodenoticias/2015/05/ciencia-tambem-e-arte-diz-pesquisadora/.
Gadotti, M. (2002). História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática.
Genuncio, J. (2018). Mediações e práticas culturais em uma escola de educação integral: o Ciep avenida dos desfiles/passarela do samba (Tese de doutorado). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Recuperado em 28 de agosto de 2022 de: file:///C:/Users/marco/Downloads/Tese_Jenesis%20Genuncio%20(8).pdf.
Ghiraldelli, Jr, P. (2022). Semiocapitalismo. São Paulo: Cefa.
Gouvêa, M. J. M. (2007). Com a palavra mate com angu: uma intervenção estética no município de Duque de Caxias (Dissertação de mestrado). Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Recuperado em 28 de agosto de 2021 em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2100/CPDOC2007MariaJoseMottaGouvea.pdf.
Gramsci, A. (n.d.). Os intelectuais e a organização da cultura. São Paulo: Círculo do Livro.
Gusmão, N. M. M. (2008). Antropologia, estudos culturais e educação: desafios da modernidade. Revista Pro-Posições, 19(3)(57), 47-82.
Harvey, D. (2005). A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume.
Instituto de Estudos Latinos-Americanos (2018). Banco mundial: sistema educativo cubano é o melhor da América Latina. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. Recuperado em 20 de agosto de 2021 em: https://iela.ufsc.br/noticia/banco-mundial-sistema-educativo-cubano-e-o-melhor-da-america-latina.
Kosik, K. (2002). Dialética do concreto (7a ed.). São Paulo: Paz e Terra.
Lander, E. (Org.) (2005). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais (Perspectivas latino-americanas). Buenos Aires: Clacso. Recuperado em 30 setembro de 2022 de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf.
LDB no 9.394/1996. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 20 de dezembro de 1996). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União.
Maranhão, C. S., & Vilela, J. R. P. X. (2017). A imanência entre a teoria crítica e a pesquisa empírica: contribuição para os estudos organizacionais. Revista Organizações & Sociedade, 24(82), 375-376. https://doi.org/10.1590/1984-9240826.
Maurício, L. V. (2006). O que se diz sobre a escola pública de horário integral. Cadernos Cenpec, 1(2), 57-67. https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v1i2.173.
Maurício, L. V. (2018). Darcy Ribeiro e a lição de Lúcia. Z Cultural. Recuperado em 18 de agosto de 2021 em: http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/darcy-ribeiro-e-a-licao-de-lucia/.
Melgaço, M. B., & Souza, R. M. (2022). Produzindo a subalternidade: as merendeiras nos documentos e iniciativas da gestão federal do PNAE. Educação em Revista, 38, 1-24. https://doi.org/10.1590/0102-469834023.
Mészáros, I. (2009). A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo.
Ministério da Educação. (2018). Base nacional comum curricular. Brasília: o autor. Recuperado em 18 de agosto de 2022 de: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/educacao-infantil/.
Nosella, P. (1992). A escola de Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas.
Ortiz, R. (1999). A morte branca do feiticeiro negro: umbanda e sociedade brasileira (2a ed.). São Paulo: Brasiliense.
Palmeira, R. (2016). Dos CIEPS à Lei do Turno Único: sentidos de educação integral em projetos de tempo integral na escola pública do Rio de Janeiro.157 f. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) – Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Letras, Rio de Janeiro, Niterói, 2016.
Prandi, R. (2005). Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras.
Ribeiro, D. (1984). Nossa escola é uma calamidade. Rio de Janeiro: Salamandra.
Ribeiro, D. (1986). O Livro dos Cieps. Rio de Janeiro: Bloch.
Ribeiro, D. (2010). O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil (3a ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
Ribeiro, D. (n.d.). Sobre o óbvio. biolinguagem.com. Recuperado em 5 de novembro de 2021 de: http://www.biolinguagem.com/biolinguagem_antropologia/ribeiro_1986_sobreoobvio.pdf.
Ribeiro, E. (2018, dezembro 4). Cartola, o Shakespeare do morro. O Folha de Minas. Recuperado em 19 de agosto de 2021 em: https://www.ofolhademinas.com.br/index.php/materia/30829/coluna/cartola-o-shakespeare-do-morro.
Rocha, G. (2009). A consciência ecológica na perspectiva ameríndia e no imaginário religioso afro-brasileiro. In R. Oliveira, & J. C. A. Souza (Orgs.), Consciência planetária e religião: desafios para o século XXI. São Paulo: Paulinas.
Santos, C. M. (1998). A proletarização do trabalho docente: entre o mito, a realidade e a possibilidade. Revista Trabalho e Educação, (4), 137-158.
Santos, E. R. (2020). Meio ambiente e liberdade religiosa: aproximações e conflitos (Dissertação de mestrado). Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, RS, Brasil. Recuperado em 28 de agosto de 2021 em: https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/6776/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Emanuela%20Rodrigues%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. (1991). Centros integrados de educação pública: uma nova escola. Estudos Avançados, 5(13), 61-77.
Severino, A. J. (1986). Educação, ideologia e contra-ideologia. São Paulo: EPU.
Severino, A. J. (2014). Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez.
Silva, M. R. (2018). A BNCC da Reforma do ensino médio: o resgate de um empoeirado discurso. Educação em Revista, 34, 1-15. https://doi.org/10.1590/0102-4698214130.
Silva, T. T. (Org.) (2000). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes.
Soares, M. (2017). Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Contexto.
Souza, M. (2013, agosto 23). Professores da rede pública gastam salário com equipamentos para aula. Portal UOL. Recuperado em 17 de outubro de 2022 em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/08/22/professoras-da-rede-publica-gastam-salario-com-equipamentos-para-aula.htm.
Teixeira, A. (2007). Educação não é privilégio. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Vieira, A. L. (2017). Atuações e desafios dos atores do Teatro da Laje: “Posso falar?” (Tese de doutorado). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Recuperado em 19 de novembro de 2022 em: https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/8402/1/Ane%20Lise%20Vieira.pdf.
Zibetti, M. L. T., & Pereira, S. R. (2010). Mulheres professoras: repercussões da dupla jornada nas condições de vida e no trabalho docente. Educar em Revista, (esp 2), 259-276. https://doi.org/10.1590/S0104-40602010000500016.
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).