Resumen
O presente texto apresenta uma pesquisa que teve por objetivo investigar as formas de apropriação, pelos professores, de uma proposta oficial de formação continuada de alfabetizadores oferecida pela Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros (MG) e concretizada pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE)1. Como principal instrumento de coleta de dados, realizamos entrevistas individuais com cinco professoras, do município de Montes Claros, com o objetivo de compreender os discursos e os sentidos atribuídos à proposta. O arcabouço teórico-metodológico baseia-se na teoria da enunciação de Bakhtin (1981; 1929/1995) e nos novos estudos sobre letramento, propostos por Street (1984). Os discursos das docentes evidenciam a complexidade e as contradições envolvidas nesse processo. As formas de apropriação observadas incluem a predominância dos métodos de alfabetização no discurso docente. Por outro lado, observamos novos elementos no discurso sobre a prática, que está sendo construída, de acordo com as docentes, a partir dos descritores e capacidades prescritas para a alfabetização.
Citas
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec. 1929/1995.
BAKHTIN, M. The dialogic imagination. Austin: University of Texas Press, 1981.
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Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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