Resumen
As ações afirmativas surgiram como resposta do estado para a redução das desigualdades, sendo medidas temporárias que visam proporcionar igualdade de oportunidades aos grupos desfavorecidos. Na educação pública superior brasileira, elas visam incluir e dar condições de permanência para uma população historicamente subalternizada e excluída. Este artigo tem como objetivo analisar a implementação das ações afirmativas na Universidade Federal da Bahia tanto no acesso, a partir da Lei nº 12.711/2012, quanto na permanência estudantil, após o Decreto nº 7.234/2010. Os dados apontam que estas políticas possibilitaram um crescimento expressivo na universidade do grupo de estudantes pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência, estudantes de baixa renda de escolas públicas, entre outros, no entanto, verificou-se ser necessário ampliar investimentos na área com o intuito de expandir ainda mais esses serviços.
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