Participação ocupacional de idosos de um grupo de conviviência na atenção primária em saúde: apontamentos para uma prática baseada na ocupação e centrada no cliente/Occupational participation of elderly people in a group of coexistence in primary health care: notes for an occupation-based and client centered practice

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto56541

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional. Pessoa Idosa. Participação Social. Atividades Cotidianas.

Resumo

Introdução: As mudanças que ocorrem com o envelhecimento podem diminuir a capacidade da pessoa idosa para realizar suas ocupações como costumava fazer, porém a capacidade de se engajar nelas e obter a sensação de bem-estar permanece. Portanto, é essencial avaliar o nível de participação em atividades dos idosos para compreender os fatores que impactam na participação ocupacional. Objetivo: Analisar a participação ocupacional de idosos de um grupo de convivência na atenção primária à saúde através do ACS- Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, com 17 idosos de um grupo na atenção primária em saúde, realizado no período de agosto a setembro de 2022. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se a segunda edição da adpatação brasileira do Mini Exame do Estado Mental, formulário sociodemográfico e o Activity Card Short- Brasil. A análise ocorreu através de estatística descritiva. Resultados: Houve diminuição da participação ocupacional dos idosos nas categorias avaliadas, comparado ao ano anterior. As atividades instrumentais e as atividades sociais apresentaram maior preservação, seguidas de lazer baixa demanda e lazer alta demanda. Não houve um percentual expressivo de participação em novas atividades. Foram elencadas 35 atividades favoritas e 25 atividades que nunca foram realizadas. Conclusão: Os dados da pesquisa indicam mudanças na participação ocupacional da população idosa, sendo relevantes para a prática baseada na ocupação e centrada no cliente, e para o campo teórico da terapia ocupacional em gerontologia, na discussão sobre a participação ocupacional da população idosa.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Pessoa Idosa. Participação Social. Atividades Cotidianas

 

Abstract

Introduction: The changes that occur with aging may decrease the ability of the elderly person to perform their occupations as they used to, however the ability to engage in them and obtain a sense of well-being remains. Therefore, it is essential to assess the level of participation in activities of the elderly to understand the factors that impact occupational participation. Objective: To analyze the occupational participation of elderly people from a coexistence group in primary health care through the ACS- Brazil. Method: This is a cross-sectional, descriptive, quantitative study, with 17 elderly people from a group in primary health care, conducted in the period from August to September 2022. As instruments for data collection we used the second edition of the Brazilian adaptation of the Mini Mental State Examination, a sociodemographic form and the Activity Card Short Brazil. The analysis was carried out using descriptive statistics. Results: We present the limitations of public policy in each of the pillars for resocialization, and conclude that the activities in prison aim to alter the subjectivities of people deprived of freedom so that they: i) behave as good workers and are fit for direct or indirect exploitation of Capital in prison; ii) are exploited by Capital in a condition of slavery with the mediation of the State. Conclusion: The research data indicate changes in the occupational participation of the elderly population, being relevant for the occupation-based and client-centered practice, and for the theoretical field of occupational therapy in gerontology, in the discussion about the occupational participation of the elderly population.

Keywords: Occupational Therapy. Aged. Social Participation. Activities of Daily Living

 

Resumen

Introducción: Los cambios que se producen con el envejecimiento pueden disminuir la capacidad de la persona mayor para realizar sus ocupaciones como lo hacía antes, sin embargo, la capacidad de participar en ellas y obtener una sensación de bienestar se mantiene. Por lo tanto, es esencial evaluar el nivel de participación en las actividades de las personas mayores para comprender los factores que influyen en la participación ocupacional. Objetivo: Analisar a participação ocupacional de idosos de um grupo de convivência na atenção primária à saúde através do ACS- Brasil. Método: rata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, com 17 idosos de um grupo na atenção primária em saúde, realizado no período de agosto a setembro de 2022. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se a segunda edição da adpatação brasileira do Mini Mental State Examination, formulário sociodemográfico e o Activity Card Short- Brasil. O análise ocorreu através de estatística descriptiva. Resultados: Hubo disminución de la participación ocupacional de los idosos en las categorías evaluadas, en comparación con el año anterior. Las actividades instrumentales y las actividades sociales presentaron una mayor conservación, seguidas de la baja demanda y la alta demanda. No hubo un porcentaje expresivo de participación en actividades nuevas. Foram elencadas 35 atividades favoritas e 25 atividades que nunca foram realizadas. Conclusión: Los datos de la investigación indican cambios en la participación ocupacional de la población anciana, siendo relevantes para la práctica basada en la ocupación y centrada en el cliente, y para el campo teórico de la terapia ocupacional en gerontología, en la discusión sobre la participación ocupacional de la población anciana.

Palabras clave: Terapia Ocupacional. Anciano. Participación Social. Actividades Cotidianas 

Referências

Ahn, S. N. (2019). Effectiveness of occupation-based interventions on performance’s quality for hemiparetic stroke in community-dwelling: a randomized clinical trial study. NeuroRehabilitation, 44(2), 275-282. https://doi.org/10.3233/nre-182429

Almeida, C. R. V., Souza, A. M., & Corrêa, V. A. C. (2017). Sobre as ocupações de idosos em condição de hospitalização: qual a forma e o significado? Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 25(1), 147-157. https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0706

American Occupational Therapy Association (2020). Occupational therapy practice framework: Domain and process. American Journal of Occupational Therapy, 74 (2). https://doi.org/10.5014/ajot.2020.74S2001

Baum, C. M., & Edwards, D. F. (2008). Activity card sort: test manual. AOTA Press.

Benyamini, Y., & Lomranz, J. (2004). The relationship between activity restriction and replacement with depressive symptoms among older adults. Psychology and Aging, 19(2), 362-366. https://doi.org/10.1037/0882-7974.19.2.362

Bernardo, L. D., Pontes, T. B., Souza, K. I., Santos, S. G., Deodoro, T. M. S., & Almeida, P. H. T. Q. (2020). Adaptação transcultural e validade de conteúdo do activity card sort ao português brasileiro. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 28(4), 1165-1179. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO2051

Bernardo, L. D., Pontes, T. B., & Almeida, P. H. T. Q. (2021a). Activity Card Sort Brasil: manual do usuário. IFRJ.

Bernardo, L. D., Pontes, T. B., Souza, K. I., Ferreira, R. G., Deodoro, T. M. S., & Almeida, P. H. T. Q. (2021b). Activity card sort e o repertório ocupacional de idosos: uma revisão integrativa da literatura. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 29, e2130. https://doi.org/10.1590/25268910.ctoAR2130

Cipriani, J., Faig, S., Ayrer, K., Brown, L., & Johnson, N. C. (2006). Altruistic activity patterns among long-term nursing home residents. Physical & Occupational Therapy in Geriatrics, 24(3), 45-61. https://doi.org/10.1080/J148v24n03_04

Engel-Yeger, B., & Rosenblum, S. (2017). The relationship between sensory-processing patterns and occupational engagement among older persons. Canadian Journal of Occupational Therapy, 84(1), 10-21. https://doi.org/10.1177/0008417417690415

Eriksson, G. M., Chung, J. C. C., Beng, L. H., Hartman-Maeir, A., Yoo, E., Orellano, E. M., Nes, F. V., Jonge, D., & Baum, C. M. (2011). Occupations of Older Adults: A Cross Cultural Description. OTJR: Occupation, Participation and Health, 31(4), 182-192. https://doi.org/10.3928/15394492-20110318-01

Fox, K., Morrow-Howell, N., Herbers, S., Battista, P., & Baum, C. M. (2017). Activity disengagement: understanding challenges and opportunities for reengagement. Occupational Therapy International, 2017, 1-7. http://dx.doi.org/10.1155/2017/1983414.

Gauthier, A. H., & Smeeding, T. M. (2003). Time use at older ages: Cross-national differences. Research on Aging, 25(3), 247-274. https://doi.org/10.1177/0164027503025003003

Hooyman, N. R., & Kiyak, H. A. (2010). Social gerontology: A multi- disciplinary perspective (9 ed.). Pearson Education.

Kaizerman-Dinerman, A., Josman, N., & Roe, D. (2019). The use of cognitive strategies among people with schizophrenia: a randomized comparative study. The Open Journal of Occupational Therapy, 7(3), 1-12. https://doi.org/10.15453/2168-6408.1621

Kielhofner, G. (2011). Modelo de Ocupación Humana: Teoría y Aplicación (4a ed.). Editorial Médica Panamericana. 584p.

Lee, J., Lee, C. Y., Yoon, T. H., Kim, T. H. (2019). Comparison of level of participation and quality of life in stroke patients and the healthy elderly. The Journal of Korean Society of Community Based Occupational Therapy, 9(1), 47-56. https://doi.org/10.18598/kcbot.2019.9.1.05

Lima Filho, B. F., Patrício, I. F. S., Dantas, D. S., Oliveira, L. P. B. A., & Sá, F. D. (2019). Perfil dos idosos participantes de grupos de convivência em unidades básicas de saúde do município de Santa Cruz, RN, Brasil. Revista Kairós-Gerontologia, 22(1), 273-290. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i1p273-290

McMichael T. M., Currie D.W., Clark S., Pogosjans S., Kay M., Schwartz N. G., Lewis J., Baer A., Kawakami V., Lukoff M. D., Ferro J., Brostrom-Smith C., Rea T. D., Sayre M. R., Riedo F. X., Russell D., Hiatt B., Montgomery P., Rao A. K., ... Duchin J. S. (2020). Epidemiology of Covid-19 in a Long-Term Care Facility in King County, Washington. N Engl J Med, 21, 38: 4-7. https://doi:10.1056/NEJMoa2005412

McNamara, B., Rosenwax, L., Lee, E. A., & Same, A. (2016). Evaluation of a healthy ageing intervention for frail older people living in the community. Australasian Journal on Ageing, 35(1), 30-35. https://doi.org/10.1111/ajag.12196

Newman, R., Lyons, K. D., Coster, W. J., Wong, J., Festa, K., & Ko, N. Y. (2019). Feasibility, acceptability and potential effectiveness of an occupation-focused cognitive self-management program for breast cancer survivors. British Journal of Occupational Therapy, 82(10), 604-611. https://doi.org/10.1177/0308022619861893

Ministério da Saúde. (2006). Portaria nº 2.528/2006. Diário Oficial da União, Seção 1, 142. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html

Packer, T. L., Boshoff, K., & DeJonge, D. (2008). Development of the activity card sort-Australia. Australian Occupational Therapy Journal, 55(3), 199-206. https://doi.org/10.1111/j.1440-1630.2007.00686.x

Pantoja, J. P., Cavalcante, T. C. B., Nascimento, T. M., Nunes, E. F.C., & Santos, M. E. M. A. (2022). Interprofissionalidade: da teoria à prática propiciada pelo PET-SAÚDE. Research, Society and Development, 11(7), 1-7. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.27500

Pontes, T., & Polatajko, H. (2016). Enabling occupation: occupation-based and client centred practice in Occupational Therapy. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 24(2), 403–412. https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoARF0709

Pinzón, E. Y., Rosas-Estrada, G. M. R., Arturo, Y. V. P., Otero, M. R., & Erazo, A. M. (2015). Intereses ocupacionales de adultos mayores de 60 años de la ciudad San Juan de Pasto. Revista UNIMAR, 33(1), 201-212. https://revistas.umariana.edu.co/index.php/unimar/article/view/913

Ricon, T. , Weissman, P. & Demeter, N. (2013). A new category of “future planning” in the activity card sort: Continuity versus novelty in old age.

Health, 5(2), 179-187. http://dx.doi.org/10.4236/health.2013.52025

Spedo, C.T., Pereira, D. A., Foss, M . P., & Barreira, A. A. (2018). MMSE-2: mini exame do estado mental (2a ed.). Hogrefe, 2018.

Sturkenboom, I. H. W. M., Graff, M. J. L., Hendriks, J. C. M., Veenhuizen, Y., Munneke, M., & Bloem, B. R. (2014). Efficacy of occupational therapy for patients with Parkinson’s disease: a randomised controlled trial. Lancet Neurology, 13(6), 557-566. https://doi.org/10.1016/s1474-4422(14)70055-9

Wilcock, A. A. (1999). Reflections on doing, being and becoming. Australian Occupational Therapy Journal, 46(1), 1-11. https://doi.org/10.1046/j.1440-1630.1999.00174.x

Downloads

Publicado

07-03-2023

Edição

Seção

Artigo Original