A construção X-ada: um caso de construcionalização

Autores

  • João Carlos Tavares Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) / Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ) https://orcid.org/0000-0002-2646-3981

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2021.v17n3a49683

Palavras-chave:

construcionalização, sufixo -ada, morfologia diacrônica.

Resumo

Os objetivos do presente artigo são, em primeiro lugar, discutir o processo de construcionalização de X-ada, apresentando o que essa construção herda da categoria de origem e no que inova, e, em segundo lugar, descrever morfossemanticamente as construções analisadas. Para esses fins, apenas os dois padrões X-ada mais antigos da língua serão analisados, a saber, X-adaATO DE… e X-adaGOLPE. Esse trabalho toma por base os principais pressupostos da Linguística Cognitiva (LANGACKER, 1987; 2008) e das abordagens construcionais (BOOIJ, 2010; TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). Argumenta-se, ao longo deste texto, que a construção X-ada, de caráter derivacional, tem sua origem no particípio, caracterizando um processo de construcionalização (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). Para a descrição morfossemântica das construções analisadas, toma-se por base a proposta de Tavares da Silva (2020), cujo cerne é a identificação do significado esquemático da construção morfológica.

Biografia do Autor

João Carlos Tavares, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) / Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ)

Pós-doutorando em linguística pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tutor presencial do curso de Letras do Centro de Educação à Distância do Estado do Rio de Janeiro e professor substituto da Faculdade de Formação de Professores (FFP-UERJ).

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Publicado

2021-11-03