REGRAS FACULTATIVAS OU VARIÁVEIS: A REGULAÇÃO DA VIDA NA ÉTICA DELEUZIANA
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v8i2.26816Abstract
É possível sustentar que a obra deleuziana é atravessada, de ponta a ponta, por um pensamento ético bastante consistente, apesar de Deleuze jamais ter dedicado um livro inteiro à ética, ou agrupado e sistematizado os elementos que caracterizariam uma perspectiva ética própria. Partindo-se desta hipótese, propôs-se, em estudo anterior, a seguinte fórmula para a ética deleuziana: “um corpo que avalia e experimenta”1 . De acordo com ela, o corpo tem um certo privilégio frente à consciência, quanto a desenvolver uma capacidade de avaliar e experimentar, sem as restrições impostas por códigos morais. A consciência dispõe de uma nobreza relativa, que a habilita inclusive a compor um tipo ativo e a fazer frente ao triunfo da reação e da negação, mas a sua natureza reativa, segundo a qual ela apenas recolhe os efeitos daquilo que acontece ao corpo e à mente, faz com que ela só possa conquistar a sua potência de avaliação e de experimentação depois de uma longa formação, de um demorado aprendizado.Downloads
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