“Sem pontes para o abismo”: um trágico percurso de busca de autoconhecimento pela mulher em “O risco na pele” de Myriam Fraga.

Autores

  • Angélica Soares UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2011.v9n0a3916

Resumo

Através de um diálogo entre imagens literárias e questões apontadas por algumas teóricas representativas da teoria crítica feminista, focaliza-se o conjunto de segmentos poéticos intitulado “O risco na pele”, integrante do livro homônimo de Myriam Fraga. Os poemas são lidos como recriação individualizada da iminência do trágico no percurso de busca de autoconhecimento da mulher oprimida pelo patriarcalismo e desvalorizada pela ideologia dualista dominante na cultura ocidental. Neles projetam-se situações de incomunicabilidade, impostas comumente às mulheres e bloqueadoras da constituição de identidades. Essas situações, em sua circularidade constitutiva, parecem tornar inútil o arriscar-se para além de um “muro sem portas”. Assim, “O risco na pele” é o “sinal da derrota” denunciada, poética e gradativamente, nos cinco poemas da série, como fatalidade que se guarda e se refaz num “(...) precipício/Do princípio e do fim”.

Biografia do Autor

Angélica Soares, UFRJ

Professora de Teoria Literária e Literatura Comparada - UFRJ

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Publicado

2011-07-01

Edição

Seção

Literatura Brasileira