DO “UGA UGA” À CANÇÃO DE PROTESTO OU: DO PRECONCEITO HISTÓRICO À VISIBILIDADE SOCIAL DOS INDÍGENAS – UM ESTUDO PELO VIÉS DA RECATEGORIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2022.v24n2a49886Schlagworte:
Linguística Textual. Referenciação. Recategorização. Canção de protesto. Povos Originários do Brasil.Abstract
Neste artigo, analisamos a canção de protesto “Índio do Brasil”, de Matsipaya Waura Txucarramãe pelo viés da recategorização. A abordagem analítica está fincada no contexto educacional, permeada pela Lei n.o 10.639/2003, que garante a inclusão dos estudos da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Assim, a análise converge para reflexões pautadas em noções como lugar de fala e de representatividade. O estudo pressupõe que a relação dos sujeitos sociocognitivos com determinado tipo de contexto contribui para a homologação da recategorização cognitiva; portanto, disponibilizar autores que sejam representativos para as causas negras e indígenas favorece uma mudança discursiva a favor do antirracismo. A análise da canção visa contribuir para os veios sociais da teoria aplicada, pois: 1) aborda, problematiza e disponibiliza material de cunho linguístico-discursivo concentrado na temática indígena, que é pouco explorada por não indígenas; 2) reúne perspectivas analíticas mais atualizadas sobre o gênero textual/discursivo canção, visto pela pauta da intersemiose; e 3) disponibiliza base teórica que sirva à elaboração de aulas, tendo em vista ser comum o trabalho com canção nas aulas de linguagens. Dessa forma, o estudo pretendeu uma retroalimentação teoria-prática, encerrando um convite a novos empreendimentos que abarquem a temática antirracista pelo viés texto-discurso.
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