QUAL IUS COGENS É NORMATIVO NA IXACHITLĀN (AMÉRICAS)?

Autores/as

  • Jürgen Poesche

Palabras clave:

Astecas, Colonialidade jurídica, Crise climatica, Ius cogens, Nações Indígenas, Soberania

Resumen

Apenas o ius cogens fundado nos direitos baseados nas cosmovisões das Nações Indígenas da Ixachitlān (as Américas) são normativos, porque as Nações Indígenas da Ixachitlān são os únicos detentores da soberania na toda a Ixachitlān ipso facto e ab initio como resultado das erudições da Escola de Salamanca. O império de direito exige que o ius cogens associado ao Ocidente não é normativo para os únicos soberanos na Ixachitlān. Todos os regulamentos, licenças e leis incompatíveis com o ius cogens fundado nos direitos baseados nas cosmovisões das Nações Indígenas da Ixachitlān são quidquid voverat atque promiserat na Ixachitlān. Devido à diversidade entre as Nações Indígenas da Ixachitlān, existem vários ius cogens normativos na Ixachitlān. Como mostra o exemplo do ius cogens fundado no direito baseado na cosmovisão dos astecas, esta é uma oportunidade de se afastar do ius cogens associado ao direito ocidental da modernidade que não conseguiu evitar a crise climática e o declínio da biodiversidade. Em vez disso, a gratidão dos astecas pelo Quinto Sol e o imperativo de ajudar os deuses, particularmente Huītzilōpōchtli, na defesa do Quinto Sol significa que perturbar o equilíbrio no universo é uma violação do ius cogens dos astecas. Dentro do Ocidente, o pivô jurídico é facilitado pela disseminação do pós-modernismo, pós-estruturalismo e transmodernidade da filosofia ocidental para a filosofia jurídica ocidental.

Biografía del autor/a

Jürgen Poesche

Jürgen Poesche
Doutor em Direito (Universidade de Helsinque), Doutor em Tecnologia (Universidade de Aalto), jurgen.poesche@hotmail.com

Curta biografia
Antes de se aposentar, Jürgen Poesche trabalhou na indústria, consultoria e academia. Como membro de vários grupos de trabalho de associações industriais, participou nos trabalhos sobre a Diretiva 2010/75/UE relativa às emissões industriais (prevenção e controlo integrados da poluição), a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos e o Regulamento (UE) nº 649/ 2012 referente à exportação e importação de produtos químicos perigosos, entre outros. Seus atuais interesses de pesquisa incluem filosofia jurídica transmoderna, história jurídica e a posição jurídica das Nações Indígenas de Ixachitlān (as Américas).

Citas

ADAME GODDARD, Jorge. La interpretación de textos jurídicos. Problema: Anuario de Filosofía y Teoría del Derecho, n. 14, 2020, p. 175-215.

ANDRADE, Isabela. Responsibilidade internacional do estado por violaão do jus cogens. Revista Brasileira de Direito Internacional, vol. 5, n. 5, 2007, p. 4-32.

CARLI, Ana, COSTA, Leonardo. Sustentabilidade ambiental: parâmetro necessário à atividade econômica e requisito essencial à concessão de benefícios fiscais. Quaestio Iuris, vol. 9, n. 2, 2016, p. 843-860.

CARRILLO, Nicolás. El Ius cogens y la realidad socio-política colombiana: el conflicto armado interno. Prolegómenos: Derechos y Valores, vol. 10, n. 19, 2007, p. 207-215.

CUÉLLAR REAL, Ricardo José. Francisco de Vitoria y las cuestiones de Indias. Sevilla: Punto Rojo Libros, 2015.

DELEAU, Olivier. Les positions françaises à la Conférence de Vienne sur le droit des traités. Annuaire Français de Droit International, vol. 15, 1969, p. 7-23.

DUSSEL, Enrique. Una nueva edad en la historia de la filosofía: el diálogo mundial entre tradiciones filosóficas. Utopía y Praxis Latinoamericana, n. 45, 2009, p. 31-44.

DUVE, Thomas. La teoría de la restitución en Domingo de Soto. Em : CRUZ CRUZ, Juan (Ed.): La ley natural como fundamento moral y jurídico en Domingo de Soto (p. 181-198). Pamplona: Ediciones Universidad de Navarra, 2007.

ECCARD, Ana, TEZA, Jordana, SILVA, Leonardo (2020). O refúgio por uma perspectiva filosófica a partir de Derrida. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 6, n. 1, 2020, p. 208-226.

FERREIRA DE SOUZA, Vinícius Cássio. Os tribunais mistos vs. a soberanía estatal. Inter: Revista de Direito Internacional e Direitos Humanos, vol. 5, n. 1, 2022, p. 144-162.

FISCHER-LESCANO, Andreas, TEUBNER, Gunther. Collisions de régimes: la recherche vaine de l'unité juridique face à la fragmentation du droit mondial. Revue Internationale de Droit Économique, vol. 27, n. 1-2, 2013, p. 187-228.

GALÁN CASTRO, Erick Alfonso. El punto de vista de las víctimas: un acercamiento antropológico. ABYA-YALA: Revista Sobre Acesso a Justiça e Direitos nas Américas, vol. 1, n. 3, 2017, p. 63-90.

GARIBIAN, Sévane, PUPPO, Alberto. Acerca de la existencia del ius cogens internacional: Una perspectiva analítica y positivista. Isonomía: Revista de Teoría y Filosofía del Derecho, n. 36, 2012, p. 7-47.

GONÇALVES, Douglas, ESPINOZA, Fran, DUARTE, Dimas Pereira (2021). Demarcação de terras indígenas, conhecimentos tradicionais e biodiversidade no Brasil. Revista de Direito Econômico e Socioambiental, vol. 12, n. 1, 2021, p. 216-234.

GRUNBERG, Bernard. Hernán Cortés y el asentamiento español en Nueva España (1519-1528). Em: Esteban Mira Caballos, Bernard Grunberg e María Carmen Martínez Martínez (eds.): Hernán Cortés, una vida entre dos mundos (p. 55-114). Veracruz: Anáhuac Xalapa, 2021.

HAAS, Volker. Einführende Überlegungenzur Bedeutung der Sprachphilosophie für die Rechtstheorie und Rechtsphilosophie. Rechtsphilosophie: Zeitschrift für die Grundlagen des Rechts, n. 3, 2015, pp. 272-287.

IBARRA SARLAT, Rosalía. Desplazados climáticos: evolución de su reconocimiento y protección jurídica. México D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México, 2021.

JUNIOR, Arno Dal Ri. O princípio das nacionalidades no banco de provas da ciência do direito internacional brasileira. Revista de Direito Internacional, vol. 19, n. 1, 2022, p. 422-438.

LE BRIS, Catherine. Esquisse de l'humanité juridique : l'humanité juridique, une sphère infinie dont le centre est partout, la circonférence nulle part. Revue Interdisciplinaire d'Études Juridiques, vol. 69, n. 2, 2012, p. 1-50.

LEÓN-CALLE, Stephanie Cristina, SENENT-DE FRUTOS, Juan Anonio. Injusticia epistémica: afectación de la imparcialidad de la justicia como resultado de la estigmatización del chamanismo amazónico en Ecuador. Estudios Socio-jurídicos, vol. 24, n. 2, 2022, p. 1-48.

LEÓN-PORTILLA, Miguel. Toltecáyotl: aspectos de la cultura náhuatl. México D.F.: Fondo de Cultura Económica, 1980.

LEÓN-PORTILLA, Miguel. La conquista de México duramente condenada por Sahagún. Estudios de Cultura Náhuatl, n. 45, 2013, p. 149-155.

LIZIERO, Leonam. Algumas Considerações sobre a influência do pensamento de Hugo Grotius no Direito Internacional contemporâneo. Quaestio Iuris, vol. 8, n. 1, 2015, p. 81-105.

LOBO FERNÁNDEZ, Juan Francisco. Adiós a Westfalia: hacia la "constitución" de un derecho cosmopolita. Estudios internacionales: Revista del Instituto de Estudios Internacionales de la Universidad de Chile, n. 167, 2010, p. 55-73.

LÓPEZ ZAMORA, Luis A. El unificador fragmenado: la fenomenología de las normas de ius cogens en un contexto de cambio. Anuario Español de Derecho Internacional, n. 30, 2014, p. 203-250.

LORENZO, Pedro. La protección del medio ambiente como norma imperativa de Derecho Internacional (Ius Cogens). Revista de Derecho, vol. 19, n. 37, 2020, p. 41-69.

MARTINS, Regina, FERRER, Walkíria. A extrafiscalidade como instrumento regulatório ambiental e a função social da empresa. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 4, n. 1, 2018, p. 282-299.

MOLINA-OCHOA, Andrés. La intrascendencia del debate entre positivismo y iusnaturalismo: las normas de ius cogens. Revista Estudios Socio-Jurídicos, vol. 11, n. 2, 2009, p. 229-255.

MUIR WATT, Horatia. Les droits fondamentaux devant les juges nationaux à l’épreuve des immunités juridictionnelles. Revue Critique de Droit International Privé, vol. 3, n. 3, 2012, p. 539-552.

NIÑO VARGAS, Juan Camilo. La división cósmica de las labores terrenales. Interacción entre humanos y no-humanos en los campos de cultivo ette. Tabula Rasa, n. 36, p. 45-71.

NUNES, Paulo. Guilherme de Ockham e o jusnaturalismo. Quaestio Iuris, vol. 10, n. 1, 2017, p. 63-81.

PAREDES PAREDES, Felipe Ignacio. Pueblos indígenas y tribales y derechos humanos en la jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos: una mirada crítica. Anuario Mexicano de Derecho Internacional, vol. 21, 2021, p. 167-196.

PELLET, Alain. Les articles de la CDI sur la responsabilité de l'État pour fait internationalement illicite. Suite - et fin? Annuaire Français de Droit International, vol. 48, 2002, p. 1-23.

PETROVA GEORGIEVA, Virdzhiniya. Los principios comunes a los tribunales internacionales. México D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México, 2018.

PINEDA PARTIDA, Viviana. Políticas de exclusión en el uso de los medios de comunicación hacia los pueblos indígenas. Em: RAPHAEL DE LA MADRID, Lucía, CÍNTORA, Antonio, Diálogos diversos para más mundos posibles (p. 143-156). México D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México, 2018.

QUISPE-REMÓN, Florabel. Las normas de ius cogens: ausencia de catálogo. Anuario de Derecho Internacional, vol. 28, 2012, p. 143-183.

RAMIRO, Marcus. Considerações sobre justiça e direito na pós-modernidade. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 6, n. 1, 2020, p. 282-299.

ROPENGA, Philippe. Les évolutions du formalisme: entre légalité et légitimité. Revue Interdisciplinaire d'Études Juridiques, vol. 81, n. 2, 2018, p. 5-33.

ROSENFIELD, Denis. A política do inimigo. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito, vol. 12, n. 1, 2020, p. 23-51.

SALES, Arthur, REIS, Émilien. COVID-19 e meio ambiente: uma abordagem crítica sobre o papel da razão instrumental na crise sanitária enquanto uma diretriz de reflexão para o debate ambiental contemporâneo. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 7, n. 1, 2021, p. 110-129.

SANTOS, Fernando, REIS, Émilien. A filosofia jurídica de Dworkin e a indenização punitiva: fundamentos jusfilosoficos para a punitive damage em matéria ambiental. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 4, n. 2, 2018, p. 1-20.

SILVINO, Ângelo José Menezes, BORGES, Maria Creusa de Araújo. Educação em direitos humanos, cosmopolitalismo e interculturalidade. Inter: Revista de Direito Internacional e Direitos Humanos, vol. 4, n. 1, 2021, p. 120-137.

SOARES, Josemar, MENEGHETTI, Tarcísio. Transnacionalidade reconhecimento do outro: implicações para a produção do direito. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, vol. 5, n. 2, 2019, p. 142-158.

THIELE, Alxander. Die lädierte Demokratie. Rechtswissenschaft, vol. 13, n. 1, 2022, pp. 1-27.

VIALE, Claudio. Ética, derecho y economía. Revista de Direito Econômico e Socioambiental, vol. 11, n. 3, 2020, p. 18-29.

VIÑUALES, Jorge E. La protección del medio ambiente y su jerarquía normativa en derecho internacional. Revista Colombiana de Derecho Internacional, n. 13, 2008, p. 11-44.

VIRALLY, Michel. Réflexions sur le "jus cogens". Annuaire Français de Droit International, vol. 12, 1966, p. 5-29.

ZELADA, Carlos J. Ius cogens y derechos humanos: luces y sombras para una adecuada delimitación de conceptos. Agenda Internacional, vol. 8, n. 17, 2002, p. 129-156.

Publicado

2023-02-09

Número

Sección

ARTIGOS