Indícios de circulação da cultura escrita em contextos sediciosos de finais do Brasil colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v9i2.54532

Palavras-chave:

Linguística Histórica. História da Cultura Escrita no Brasil. Circulação da escrita. Movimentos sediciosos. Século XVIII.

Resumo

Este texto apresenta indícios sobre o processo de circulação da escrita nos movimentos de insurreição de finais do período colonial, com base nos processos devassatórios da Inconfidência Mineira (1789), da Revolta dos Letrados (1794) e da Conspiração dos Alfaiates (1798). Parte-se dos pressupostos teórico-metodológicos do campo da História da Cultura Escrita, uma forma específica de História Cultural, que compreende quaisquer manifestações humanas como passíveis de serem objetos de estudo da ciência histórica. Para a grande área da Línguística Histórica especificamente, as pesquisas sobre a difusão social e a circulação da escrita são fundamentais, pois forcenem contributo substancial para a contextualização das fontes e dos perfis sociológicos de quem leu e escreveu nos idos do Brasil, dando-nos margens de análise mais aproximadas das facetas diacrônicas do português que aqui foi introduzido, se difundiu e se consolidou.  

 

Biografia do Autor

André Luiz Alves Moreno, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, BA, Brasil.

Possui Doutorado e Mestrado em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, desenvolvendo pesquisas sobre a difusão social da escrita em conjunturas sediciosas. Realizou Estágio Pós-Doutoral em Variação e Mudança Linguística no Português pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana. É Licenciado e Bacharel em Letras Vernáculas. Vincula-se ao Programa para a História da Língua Portuguesa (PROHPOR - CNPQ/UFBA), coordenado pela Professora Doutora Juliana Soledade. Dentre suas várias temáticas de investigação, interessa-se pela reconstituição histórica da difusão social da escrita no Brasil, principalmente em relação aos períodos colonial e imperial. Dedica-se, também, à reconstituição da história social da escrita na região da Chapada Diamantina, coordenando o Projeto "Escritas Diamantinas: Programa de Estudos em História, Sociedade e Cultura Escrita na região da Chapada Diamantina-BA", desenvolvido no âmbito da Universidade do Estado da Bahia, onde é atualmente Professor. Atua nas áreas de Filologia, História da Cultura Escrita e Linguística Histórica.

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Publicado

29-12-2023

Edição

Seção

Artigo - Dossiê "Diálogos entre a sócio-história do português e a história social da cultura escrita"