A história das interrogativas parciais in-situ no português brasileiro em uma perspectiva baseada no uso

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v5iespecial.23614

Palabras clave:

Português brasileiro, Perguntas, Interrogativas parciais, In-situ-wh.

Resumen

Este artigo enfoca as mudanças nos contextos discursivos e nas funções das interrogativas parciais in-situ no português brasileiro (PB), um tema que ainda não foi abordado por estudos prévios. À base da análise de um corpus de cerca de 200 peças de teatro datadas entre 1800 e 2016, o artigo mostra a necessidade de distinguir sobre as interrogativas parciais in-situ que dependem ou não sintaticamente do contexto anterior. Embora todos os tipos de interrogativas parciais in-situ tenham sofrido um aumento de sua frequência de uso, somente as interrogativas sintaticamente autônomas como ela foi pra onde? [V Wh] também experimentaram uma mudança nas suas funções discursivas típicas. Ao longo do tempo, as interrogativas [V Wh] tornaram-se mais frequentes em contextos nos quais a proposição não é derivada do contexto prévio. No entanto, esta mudança não pode ser caracterizada como uma mudança semântica, mas a consolidação de uma função discursiva já existente, ou seja, o uso dessas interrogativas como perguntas retóricas. Proponho que essa mudança não reflete uma mudança no PB falado, mas está limitada ao gênero textual específico das peças de teatro.

Biografía del autor/a

Malte Rosemeyer, Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (Alemanha) / KU Leuven (Bélgica)

Professor assistente no Departamento de filologia românica da Universidade de Freiburg, Alemanha. As suas investigações enfocam a variação e as mudanças gramaticais nas línguas românicas atuais e históricas (sobre tudo, o espanhol e o português). Em particular, ele se interessa pela relevância dos conceitos da linguística baseada no uso (por exemplo, a frequência de uso e o priming) pela descrição gramatical das línguas.

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Publicado

2019-06-25