Masculinidade na cozinha: episódios de machismo e violência simbólica no programa MasterChef
DOI:
https://doi.org/10.70051/mangt.v3i2.61339Palavras-chave:
Gastronomia, Machismo, Masculinidade hegemônica, Reality show, Inclusão.Resumo
O boom dos reality shows de gastronomia no Brasil influenciou a indústria culinária e expôs questões de desigualdade de gênero e violência simbólica, enfatizando a importância de questionar e reestruturar essas configurações a fim de promover ambientes culinários mais inclusivos e equitativos. O objetivo desse artigo foi identificar e analisar episódios de discriminação de gênero no programa televisivo MasterChef sob a luz dos conceitos de masculinidade e de violência simbólica de Bourdieu, a partir de dois métodos: a pesquisa bibliográfica e o levantamento e análise de dados no programa MasterChef. Pode-se observar com os trechos de falas destacados que a violência simbólica se faz presente e muitas vezes não é percebida pelos agentes que a praticam ou que recebem, com reprodução de estereótipos de gênero, inclusive entre as participantes femininas do programa. Observou-se também como a violência simbólica opera nesses programas de gastronomia, reforçando normas de masculinidade e feminilidade que perpetuam as desigualdades na indústria culinária. Embora esta pesquisa tenha proporcionado uma visão ampla do tema, futuras investigações podem aprofundar a temática com estudos de caso e entrevistas diretas. Destaca-se a importância da conscientização, liderança e desconstrução das normas de gênero para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e respeitosos, contribuindo para um campo profissional mais igualitário.
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