“Entre o funji e o muzonguê”: experiências sociais, trocas culturais e o consumo alimentar de uma Luanda colonial (1945-1975)
DOI:
https://doi.org/10.70051/mangt.v5i1.65083Palavras-chave:
História da África, Colonialismo, Gastronomia, Territorialidade, ComensalidadeResumo
Tal como outras cidades sob jugo colonial, Luanda foi palco de estratégias imperiais de controle material e espacial de códigos simbólicos com o fim de amoldar a subjetividade do ser colonizado. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo geral revelar como transcorreu o processo de classificação colonial da alimentação de Angola durante o colonialismo tardio (1945-1975), momento de internacionalização do consumo de bens. Através de um quadro teórico fundamentado na História Social, Geografia e Antropologia e a partir do cruzamento entre fontes orais e escritas, o objetivo específico reside em demonstrar como, em um diálogo ambíguo com as classificações coloniais, os alimentos foram ressignificados. Ao observar duas preparações locais – o funji e o muzonguê – a partir da interface entre os conceitos de territorialidade e comensalidade, atesta-se que ao longo das experiências sociais e trocas culturais a leitura colonial foi transgredida. Espera-se que a análise contribua com a produção de conhecimento no âmbito das gastronomias africana, angolana e afro-brasileira.
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