O universo do samba e o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2018.v10n19a20597Słowa kluczowe:
Lei 10.639/03, samba, educação e relações étnico-raciais.Abstrakt
Compreendemos o universo do samba como as narrativas das relações que constituem a história do samba, na perspectiva das pessoas negras no Brasil. O reconhecimento dessas histórias, contadas em sons, versos e movimentos são fundamentais para a compreensão da formação da sociedade brasileira e para a desconstrução de preconceitos e desqualificações acerca da história, cultura e identidade da população afro-brasileira. Articulando esses conhecimentos com o Parecer n. 003/2004 do Conselho Nacional de Educação, que regulamenta a alteração trazida à Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pela Lei 10.639/03, este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre o universo do samba em sua potencialidade para o Ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira na escola. Considerando a riqueza e abundância da produção simbólica que compõe o samba, é possível atentar para os modos de ser e viver, educar e educar-se no contexto deste universo que possam nos auxiliar a pensar e apreender sobre a Educação das Relações Étnico-raciais no país.
Bibliografia
ABREU, Marcelo de Paiva; LAGO, Luiz Aranha Correa. A economia brasileira no Império, 1822-1889. Texto para discussão 584. Departamento de economia PUC-Rio, 2010. Disponível em: < http://www.economia.puc-rio.br/mpabreu/pdf/Economia%20no%20Imp%C3%A9rio.pdf> Acesso em 09 jul. 2018.
ARAGÃO, Jorge. Identidade. In: ARAGÃO. Jorge. Chorando estrelas. São Paulo: gravadora RGE, 1992. Faixa 10. Disco de Vinil.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 3/2004. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 19 mai. 2004. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf> Acesso em 10 jul. 2018.
CANDEIA. Viver, In: CANDEIA. Candeia. Rio de Janeiro: Gravadora Equipe, 1970. Faixa 3. Disco de Vinil.
COSTA, Nelson Barros da. A produção do discurso lítero-musical brasileiro. 2001. Tese (Doutorado em Linguística). Programa de Pós-Graduação em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou ressignificação cultural? Revista Brasileira de Educação, n. 21, Set/Out/Nov/Dez, 2002.
GROSFOGUEL, Ramón. Racismo Epistémico, Islamofobia Epistémica y Ciencias Sociales Coloniales.Tabula Rasa, Bogotá, n. 14, p. 341-355, June 2011. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794- 24892011000100015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 ago. 2018.
FANON, Frantz. Em defesa da revolução africana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1980.
LOPES, Nei. Sambeabá: o samba que não se aprende na escola. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
LOPES, Nei; SIMAS, Luiz Antonio. Dicionário da história social do samba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
LOPES, Wallace; NOGUERA, Renato; MORAES, Marcelo. Introdução: Concentrando e esquentando os tamborins. Em: SILVA, Wallace Lopes. Sambo, logo penso. 1. ed. Rio de Janeiro: Hexis - Fundação Biblioteca Nacional, 2015.
MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Divisão de Editoração, 1995.
MUSSA, Alberto. Apresentação. In: LOPES, Nei; SIMAS, Luiz Antonio. Dicionário da história social do samba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
NETO, Lira. Uma história do samba. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
ROSA, Noel; VADICO. Feitio de oração. 1933. In: Coral de Ouro Preto. São Paulo: Gravadora Odeon. 1961. Disco de Vinil.
SILVA, Lidiane Moreira e. Mar de memórias na poesia de Agostinho Neto. Revista Moara, n. 38, p. 113-125, jul./dez., 2012.
SILVA, Wallace Lopes; NOGUERA, Renato. Praças negras: territórios, rizomas e multiplicidade nas margens da Pequena África de Tia Ciata. Em: SILVA, Wallace Lopes. Sambo, logo penso. 1. ed. Rio de Janeiro: Hexis - Fundação Biblioteca Nacional, 2015.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalvez. Aprender, ensinar e relações Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil étnico-raciais no Brasil. Educação. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 489-506, set./dez 2007. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/2745. Acesso em 01 de jul. 2018.
_____. A palavra é... Africanidades. Presença pedagógica, Belo Horizonte, v. 15, n. 86, p. 42-47, mar/abr. 2009.
SIMAS, Luis Antônio. Dos arredores da praça Onze aos terreiros de Oswaldo Cruz: uma cidade de Pequenas Áfricas. Revista Z cultural. Ano XI, 01. 2016.
TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.
VILA, Luiz Carlos da; RODOLPHO; JONAS. Kizomba, festa das raças. 1988. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pYFemPjfcF8> Acesso em: 01 jul. 2018.
Pobrania
Opublikowane
Licencja
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
