MAMÍFEROS DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

Authors

  • Carlos Rodrigo Brocardo Instituto Neotropica: Pesquisa e Conservação http://orcid.org/0000-0003-3142-5688
  • Marina Xavier da Silva Parque Nacional do Iguaçu. Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.
  • Paula Ferracioli Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Rio Claro, SP, Brasil.
  • José Flávio Cândido-JR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Cascavel, Paraná, Bra
  • Gledson Vigiano Bianconi Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação. Curitiba, Paraná, Brasil.
  • Marcela Figuêredo Duarte Moraes Parque Nacional do Iguaçu. Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil
  • Mauro Galetti Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Rio Claro, São Paulo, Brasil.
  • Marcelo Passamani Departamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras. Lavras, Minas Gerais, Brasil
  • Adaildo Policena Parque Nacional do Iguaçu. Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil
  • Nélio Roberto dos Reis Departamento de Biologia Animal e Vegetal, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil
  • Peter Crawshaw-JR Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Brasília, Distrito Federal, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4257/oeco.2019.2302.01

Keywords:

Araucaria Forest, Atlantic Forest, inventory, mammalian, Protected Areas

Abstract

O estabelecimento de áreas protegidas tem sido uma das ferramentas mais efetivas na conservação da biodiversidade em todo mundo. No Brasil, os primeiros parques nacionais foram estabelecidos na década de 1930, dos quais o Parque Nacional do Iguaçu (PARNA Iguaçu) foi o segundo a ser criado, em 1939, tendo como propósito proteger as mundialmente famosas Cataratas do Iguaçu e a até então primitiva floresta subtropical do oeste paranaense. Contudo, apesar da longa data desde sua criação, este parque apresenta uma série de lacunas de informações sobre sua biodiversidade, fator que compromete não só o conhecimento científico sobre esse importante remanescente de Mata Atlântica, mas igualmente o manejo da área. Nesse trabalho são apresentados resultados de um intenso esforço em campo com amostragem de mamíferos (mais de 15 mil armadilhas fotográficas-dia para médios e grandes mamíferos, e quase 8 mil armadilhas-noite para pequenos), registro de mamíferos atropelados em rodovias dentro e às margens do PARNA Iguaçu,  além de revisão bibliográfica sobre a mastofauna do PARNA Iguaçu, com o objetivo de reunir e sintetizar o conhecimento sobre esse grupo. Foram registradas 84 espécies de mamíferos silvestres (incluindo três exóticas) para o PARNA Iguaçu, e mais 18 espécies com distribuição potencial nessa área. Estes resultados colocam o PARNA Iguaçu como uma das áreas protegidas mais ricas em espécies de mamíferos da Mata Atlântica, devendo assim ser considerado como uma área prioritária para a conservação do grupo. O isolamento e a caça ilegal são provavelmente as principais ameaças à persistência de muitas espécies, havendo a necessidade de aumento de medidas de proteção e manejo. Ampliar a pesquisa científica no PARNA Iguaçu também é uma medida necessária para melhor conhecer e proteger o último grande remanescente de Mata Atlântica no interior do Brasil.

MAMMALS OF IGUAÇU NATIONAL PARK The creation of protected areas has proven to be one of the most effective tools for the conservation of biodiversity worldwide. In Brazil, the first national parks were established in the 1930s, of which Iguaçu National Park (PARNA Iguaçu) was the second to be created, in 1939, to protect the world-famous Iguaçu Falls and the pristine subtropical forest of the western portion of Paraná State. However, despite the time since its creation, there are still considerable gaps in the knowledge on its biodiversity, affecting not only scientific information about this important remnant of Atlantic forest, but also management of the area. We present herein the results of an intensive field effort to sample mammals in this site (more than 15 thousand camera-trap-days for large and medium sized species, and nearly 8 thousand trap-nights for small sized ones), roadkilled mammals at the PARNA Iguaçu interior and vicinity, besides a bibliographical review on the mammalian species recorded in the PARNA Iguaçu, aiming to gather and synthesize the knowledge about this group. Eighty-four species were recorded for PARNA Iguaçu (including three exotic species), and another 18 species may occur. These results place PARNA Iguaçu as one of the richest areas in mammals in the Atlantic Forest and, thus, should be considered as a priority area for mammal conservation. Isolation and poaching are the main threats to many of the species, requiring urgent increase in the measures of the protection and management. Expanding scientific research in the PARNA Iguaçu is a crucial measure to better understand and protect the last large remnant of Atlantic forest in the interior of Brazil.

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Published

2019-06-15