O uso dos 3F’s - feeling, flow, flava - como sistema de análise étnico - estético em dança
produção de conhecimento no Hip Hop a partir do Breaking
DOI:
https://doi.org/10.58786/rbed.2024.v3.n5.64161Resumen
A cultura Breaking é meio de produção, manutenção, transmissão e co-criação de conhecimento, ancorada nas cosmologias africanas, afrodiaspóricas e afrolatinas. Possui em seu arcabouço as categorias dos 3F’s - Feeling, Flow e Flava, como indicadores de análise técnica e qualitativa da dança dos membros de sua comunidade. Apesar de ser um fenômeno muito conhecido e já estabelecido em seu meio, com registros e subtextos sobre seu uso, prática e funcionalidade, até o presente momento não se verificou uma escrita específica sobre seu funcionamento enquanto sistema de análise étnico, ético e estético em dança. Recorremos à escrita intelectual sobre Breaking de Tricia Rose, Imani K. Johnson, Joseph Schloss e Moncell Durden. Utilizamos, assim como, Muniz Sodré, Eduardo Oliveira e Jairson Bispo para refletir sobre arkhé e ancestralidade na dança. Com isso, espera-se abrir mais espaço para o pensamento crítico-reflexivo e para a produção de conhecimento em dança a partir do Breaking no âmbito acadêmico.
Citas
ADICHIE, Chimamanda. "O Perigo de uma única História". Palestra traduzi-da e legendada em português) no TED TALKS - Conversas Rápidas). Ox-ford University. Oxford, Inglaterra, julho de 2009. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc. Acessado 15/04/ 2010.
BENISTE, José. Dicionário Yorubá: Português. 5 ed. - Rio de Janeiro: Ber-trand Brasil, 2020.
BISPO, Jairson Pereira. Movediço estudo de chão. 2021. 97f. Dissertação de Mestrado em Dança – Programa de Pós-Graduação em Dança, Escola de Dança, Universidade Federal da Bahia, Salvador/BA.
BONA, Dénètem T. Cosmopoéticas do refúgio. Trad. Milena P. Duchiade. Florianópolis-SC: Editora Cultura e Barbárie, 2020.
DORNELES, Dandara R. Palavras Germinates: entrevista com Nego Bis-po. Identidade!. São Leopoldo, v.26, n. 1 e 2, p14-26, jan./dez. 2021. ISSN 2178-437X
FREITAS, Elaine Daniely Miranda. Freeze: o ápice do bboy no Breaking. 2013. 72f. (Monografia) obtenção parcial do título de Licenciatura Plena em Dança pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, Belém.
GONÇALVES, Joana Brauer. Bohemian rhapsody: performance, ritual e re-lações de gênero no Breaking. 2012. 172f. Dissertação de Mestrado em An-tropologia Social - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais.
JOHNSON, Imani K. Dark Matter in Breaking Cyphers: the life of africanist aesthetics in global Hip Hop. [recurso eletrônico]. US: Oxford University Press, 2022.
LEPECKI, André. Coreopolítica e coreo-polícia. Ilha Revista de Antropolo-gia. Florianópolis, v. 13, n. 1,2, p. 041–060, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2011v13n1-2p41 . Acessado em: 15/05/2024.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. 1ª ed. - Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MONCELL, Durden Intangible Roots. Everything remains raw: a historical perspective of Hip Hop dance. Youtube, 19 de outubro de 2022. Disponível em: https://youtu.be/-F-j5aXs_o4. Acessado em: 14/06/2023.
SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis- RJ: Editora Vozes, 2017.
OLIVEIRA, Adriele Albuquerque De. Danças Urbanas: desmistificando con-ceitos do gênero feminino no Breaking. 2021. 38f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Curso de Licenciatura em Dança da Universidade do Estado do Amazonas.
OLIVEIRA, Eduardo. Ensaios de Filosofia Africana. Instituto Conhecimento Liberta. videoaula 09 (1:30:22) 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SkSz_d335c8&feature=youtu.be. Aces-sado em: 14/11/2023.
OLIVEIRA, Eduardo. FILOSOFIA POP. Spotify, 2016. #030 - Filosofia Afri-cana: ancestralidade. (1:48:12). Disponível em: https://open.spotify.com/episode/3OvEiYdJTSAKZZ1CkWlv2i?si=nda51T_5Thy1KhUkToG0CQ
OLIVEIRA, Louise L. Corp(O)ralidades: processos diferenciados de ensino-aprendizagem em dança. 2022. 55f. Trabalho de Conclusão de Curso (Gra-duação) - Instituto Federal de Brasília - IFB/Campus Brasília.
OLIVEIRA, Louise L. Fotos dos cards para a ANDA. 2023. Papel kraft recor-tado em formato de mobile com impressões circulares de referências biblio-gráficas e QR codes de vídeos na internet para interação e análise de dan-ça.
OZZILOST. The Freshest Kids. Youtube, 22 de março de 2012. Disponível em https://youtu.be/lKb1vszkeC8. Acessado em: 14/06/2023.
ROSE, Tricia. Barulho de preto [recurso eletrônico]: rap e cultura negra na América contemporânea. Trad. Daniela Vieira; Jaqueline Lima Santos. 1ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 2021.
SANTOS, Michael Stefferson Silva Dos. Dança Breaking: Contexto, estilos e procedimentos em ensino e aprendizagem. 2023. 107f. Trabalho de Con-clusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Nor-te, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Curso de Licenciatura em Dança. Natal-RN.
SCHLOSS, Joseph Glenn. Foundation: B-boys, b-girls, and hip-hop cul-ture in New York. Oxford University Press, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
As pessoas autoras que publicarem na Revista Brasileira de Estudos em Dança são os responsáveis pelo conteúdo dos artigos assinados e retém os direitos autorais. Concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 (Open Archives Iniciative - OAI). Esse recurso, utilizado para periódicos de acesso aberto, permite o compartilhamento do trabalho para fins não comerciais com reconhecimento da autoria. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, a pessoa autora deverá informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na Revista Brasileira de Estudos em Dança. Assim sendo, ainda que a revista seja detentora da primeira publicação, é reservado às pessoas autoras o direito de publicar seus trabalhos em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, mesmo que o processo editorial não tenha sido finalizado.
É reservado à revista o direito de realizar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical visando manter o padrão de língua, respeitando-se, porém, o estilo autoral.