Ensino, pesquisa e gestão: a dança na encruzilhada de saberes
DOI:
https://doi.org/10.58786/rbed.2023.v2.n4.62287Resumo
Em minha trajetória acadêmica, venho trilhando caminhos de investigação sobre o corpo cênico, a preparação corporal e formas de escritas performativas relacionadas aos estudos somáticos em dança. Atravessada pelas experiências práticas que dialogam com ideias de artistas brasileiras, em especial Dudude Herrmann, Verônica Fabrini e Eleonora Fabião, meu interesse tem se voltado para a noção do estado de presença e disponibilidade do corpo na produção de sentido em dança. Tenho priorizado em minhas pesquisas artísticas e nas minhas relações de trabalho a potência da linguagem corporal, o autoconhecimento e o amor a partir da noção de encontro e de rede de afetos. Todas as ações que venho desenvolvendo ao longo de minha trajetória na UFRJ, coordenando grupos de pesquisa, conduzindo aulas e exercendo funções em cargos de coordenação, me conduziram ao entendimento de uma concepção holística do corpo em relação fluida de afecção com pessoas e contextos no espaço e no tempo. As inquietações que trago nesse artigo surgiram durante a leitura do livro “tudo sobre o amor” de bell hooks (2021) e das reflexões sobre minhas práticas vinculadas as formas de trabalhar o corpo para realizar o movimento em estado de atenção e presença integrado ao ambiente, ao encontro afetivo com as pessoas e aos demais elementos e materialidades. Integrando a essa escrita, a experiência de uma demonstração artística, tenho como objetivo discutir o encontro e o amor como base de possíveis metodologias na criação de relações em dança.
Referências
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