ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL NA UNIVERSIDADE: INDICADORES EDUCACIONAIS BRASILEIROS.

Elisabete Cristina Pereira Eches

Resumo


O presente artigo é proveniente de uma pesquisa de mestrado em educação. Objetiva analisar o acesso e a permanência de estudantes com deficiência visual no ensino superior entre 2009 e 2018 a partir do Censo da Educação Superior. O estudo se debruça sobre dados dos alunos, recursos de acessibilidade dos cursos e acessibilidade arquitetônica. Tem como embasamento teórico o Materialismo Histórico. Conclui que estudantes com deficiência visual enfrentam muitos desafios no acesso e na permanência no ensino superior na medida em que a maioria é oriunda de escola pública e estuda em universidades privadas; um maior número estuda à noite; a maioria é branca; ainda faltam recursos de acessibilidade em muitos cursos no país e ainda falta acessibilidade arquitetônica em muitos locais de oferta no país.

Palavras-chave


DEFICIÊNCIAS DA VISÃO; ENSINO SUPERIOR; INDICADORES EDUCACIONAIS

Texto completo:

PDF

Referências


BRASIL. Lei Nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União, 29 ago. 2012.

_______. Ministério da Educação – MEC. Portal e-MEC: cursos de graduação. Brasília, 2021. Disponível em: < https://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 jan. 2022.

CABRAL, V. N. Ensino de inglês para alunos com deficiência: um balanço da produção acadêmica em educação e letras/linguística. 2017. 136 f. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2017.

CHAUÍ, M. A ideologia da competência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2014.

ECHES, E. C. P. Acesso e permanência de pessoas com deficiência visual no ensino superior: análise dos indicadores educacionais brasileiros. 2021. 793 f. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2021.

FAVATO, M. N.; RUIZ, M. J. F. Reuni: política para a democratização da educação superior? Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 12, n. 2, p. 448-63, maio/ago. 2018. https://doi.org/ 10.14244/198271992365

FERRARO, A. R.; ROSS, S. D. Diagnóstico da escolarização no Brasil na perspectiva da exclusão escolar. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 71, 2017. https://doi.org/10.1590/S1413-24782017227164

GONÇALVES, T. G. G. L.; MELETTI, S. M. F.; SANTOS, N. G. Nível instrucional de pessoas com deficiência no Brasil. Crítica Educativa, Sorocaba, v. 1, n. 2, p. 24-39, jul./dez. 2015. https://doi.org/10.22476/revcted.v1i2.37

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Lei Nº 20.443, de 17 dezembro de 2020. Dispõe sobre o ingresso de pessoas portadoras de deficiência nas instituições estaduais de educação superior e instituições estaduais de ensino técnico. Diário Oficial do Estado. 18 dez. 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo

demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2022.

INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES CORPORATION – IBM. SPSS: statistical package for the social science. Armonk, 2020. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP. História, Brasília: Ministério da Educação, 2021. Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2022.

______. Microdados. Brasília: Ministério da Educação, 2020. Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2022.

JANNUZZI, P. M. Indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de programas sociais no Brasil. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 26, n. 5, p. 137-60, abr./jun. 2005.

MARTINS, J. S. A exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.

______. A sociedade vista do abismo. Petrópolis: Vozes, 2002.

MARX, K. O capital. 16. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

______. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stiner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. São Paulo: Boitempo, 2015.

______. Cultura, arte e literatura: textos escolhidos. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

MAZZOTTA, M. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.

______. O desafio e o fardo do tempo histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo, Boitempo, 2007.

NIELSEN, J. Designing web usability: the practice of simplicity. Hoboken: New Riders, 2000.

NÚÑEZ, A.; LÓPEZ, M. Identificación de necesidades de apoyo para el aprendizaje y la participación de estudiantes universitários con discapacidad visual: un estudio biográfico narrativo. Calidad en la Educación, Santiago, n. 53, p. 42-76, dez. 2020. https://doi.org/10.31619/caledu.n53.518

PINTO, J. M. R. O acesso à educação superior no Brasil. Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n. 88, p. 727-56, out. 2004. https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000300005

QUERMES, P. A. A. Ensino superior: desafio de uma educação inclusiva e cidadã. In: COSTA, G. G.; QUERMES, P. A. A. Educação superior: inclusão ou simulacro? Brasília: Kindle, 2014, p. 308-671.

SANTOS, N. G. Desigualdade e pobreza: análise da condição de vida da pessoa com deficiência a partir dos indicadores sociais brasileiros. 2020. Tese (Doutorado em Educação) — Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2020.

SANTOS, N. G. Os indicadores educacionais das instituições especiais no Brasil: a manutenção dos serviços segregados na educação especial. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2016.

SELAU, B. Fatores associados à conclusão da educação superior por cegos: um estudo a partir de L. S. Vygotski. 2013. Tese (Doutorado em Educação) — Universidade Federal

de Pelotas, Pelotas, RS, 2013.

SERRA JUNIOR, L. R. Luz do conhecimento na escuridão do olhar: acessibilidade aos estudantes de ensino superior com deficiência visual no ensino à distância. 2014.

Dissertação (Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior) — Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, 2014. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2022.

SILVA, H. F. O. L. Ajuste estrutural e educação superior no Brasil: princípios negados. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007.

VOOS, I. C. O processo educativo em ciências da natureza para cegos em cursos de graduação em fisioterapia: a tecnologia assistiva e as interações sociais. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2013. Disponível em:. Acesso em: 15 jan. 2022.

VÍLCHEZ, I. C. C. Educação superior e deficiência: cenários da inclusão de estudantes com deficiência visual na universidade. Periferia: Educação, Cultura e Comunicação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 325-45, jan./abr. 2021. https://doi.org/10.12957/periferia.2021.28970

WILLIAMS, R. Cultura. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

______. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.




DOI: https://doi.org/10.20500/rce.v17i39.52670

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2022 Revista Contemporânea de Educação

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.

    


RCE, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ISSN 1809-5747

Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.