Résumé
Este artigo, em colaboração com o vice-cacique da Tekoá Marangatu, analisa o protagonismo das crianças Guarani no fortalecimento do nhandereko. A pedagogia da cotidianidade revela como aprendem pela observação, escuta e participação ativa, desafiando concepções adultocêntricas e coloniais. Essas experiências evidenciam onto-epistemologias indígenas, nas quais o saber-do-corpo integra conhecimento, espiritualidade e território. Assim, as crianças não apenas absorvem saberes, mas os recriam no dia-a-dia, reafirmando a autonomia de suas infâncias e a continuidade de seus modos próprios de existência e resistência.
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