A cooperação Brasil e Angola por meio da pesquisa em Educação
PDF

Palavras-chave

Cooperação
internacionalização
educação

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir sobre o processo de implementação do LPPE (Laboratório de Psicologia, Psicanálise e Educação) em Cabinda, Angola, e a sua contribuição para a formação de pesquisadores engajados em responder aos desafios daquela sociedade. Sob a perspectiva etnográfica contrastiva/interpretativa, e com base nas entrevistas episódicas realizadas com quatro professores, identificamos que os mesmos apostam na relevância da cooperação internacional, como meio de fomento às pesquisas e às publicações do laboratório. Acreditam também no potencial intelectual da formação de rede de colaboradores, decorrentes da mobilidade acadêmica, como contribuidor para o aperfeiçoamento das práticas em curso. Este estudo ratifica a importância de fortalecer o movimento de internacionalização de universidades brasileiras sempre no viés colaborativo, e nunca colonizador.
https://doi.org/10.20500/rce.v14i29.20853
PDF

Referências

ABDENUR, Adriana Erthal; NETO, Danilo Marcondes de Souza. O Brasil e a cooperação em defesa: a construção de uma identidade regional no Atlântico Sul. Revista Brasileira de Política Internacional, v.57, n.1, p. 5-21, 2014.

AGAR, M. Language shock: understading the culture of conversation. New York: Harper Collins, 1996.

ANGOLA, DECRETO n.º 90/09, de 15 de Dezembro. Normas Gerais Reguladoras do Subsistema de Ensino Superior em Angola. Publicado no Diário da República I Série, N.º 87.

______.DECRETO n.º 7/09, de 12 de Maio. Estabelece a reorganização da rede de instituições de ensino superior públicas, a criação de novas IES e o redimensionamento da Universidade Agostinho Neto (UAN). Publicado no Diário da República, I Série, N.º 87.

______.DECRETO-LEI nº 17/16, de 07 de Outubro. Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino em Angola. Assembleia da República; Publicado no Diário da República I série nº 170;

BEMBE, M. D. A questão de Cabinda uma visão estratégica: evolução da situação

e cenários de futuro. Lisboa: Edição de Angola, 2013.

BRÁS, Chocolate Adão; DIVOVO, Miguel Domingos. Ensino superior em Angola: realidade e desafios na 4ª república. Revista de Educação da Universidade Pedagógica, Moçambique, Ano VIII, n. º 28, p.159-176, Dez, 2017.

BROWN, Phillip; LAUDER, Hugh. Globalização econômica, formação de habilidade e as consequências para o ensino superior. In: APPLE, Michael W; BALL, Stephen J.; GADIN, Luís Armando (org.). Sociologia da educação: análise internacional. Porto Alegre: Penso, p. 256 – 267, 2013.

BUZA, Alfredo Gabriel. Por Um Ensino Superior de Qualidade nos Países e Regiões de Língua Portuguesa. 2ª Conferência do FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa – 6, 7 e 8 de Novembro de 2012. Instituto Politécnico de Macau – MACAU

CANGA, Juliana Lando. & BUZA, Alfredo Gabriel. (2015). Gestão do Ensino Superior em Angola os desafios endógenos e exógenos. In: Conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa – FORGES, 5ª; Universidade de Coimbra.

CHAMPANGNATTE, Dostoiewski Mariatt de Oliveira. Currículo universitário: do México ao Brasil neoliberais. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 21, 1, 2016, p.109-123.

CHOCOLATE, Francisco Antonio Macongo & BRÁS, Chocolate Adão. Políticas e Acções de Extensão Universitária na Universidade 11 de Novembro. In: Actas da I Conferência Internacional sobre a Extensão Universitária em Angola. Escola Superior Pedagógica do Bengo: Mayamba Editora, 2018, p. 49-63.

COUTINHO, Clara Pereira. A qualidade da investigação educativa de natureza qualitativa: questões relativas à fidelidade e validade. Educação Unisinos, 12, 1, 2008, p. 5-15.

DUARTE, Roberto Gonzalez; CASTRO, José Márcio de; CRUZ, Ana Luiza Albuquerque; MIURA, Irene K. O papel dos relacionamentos interpessoais na internacionalização de instituições de ensino superior. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 28, n. 01, p. 343-370, mar, 2012.

FLICK, U. Entrevista episódica. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Editora Vozes, 2012. p. 114-136.

FRAGA, Lais Silveira. Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileira. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 22, 2, p. 403-419.

GAZZOLA, Ana Lúcia Almeida. Conhecimento e globalização. In. GAZZOLA, A.L.A; ALMEIDA, S.G. Universidade: Cooperação Internacional e Diversidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, p. 49-54.

GEERTZ, Clifford. (1989). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC.

GOMES, M. F. C., NEVES, V. F. A. E DOMINICI, I. C. A. Psicologia Histórico-cultural em diálogo: a trajetória de pesquisa do GEPSA. Fractal: Revista de Psicologia:Lev Vigotski e a teoria histórico-cultural no Brasil: alguns relatos de pesquisas, v. 27, n.1, 2015, p.44-49, jan.abr.

GREEN, J. L., DIXON, C. N. E ZAHARLIC, A. (2005). A etnografia como lógica de investigação. Ethnography as logic of inquiry. Educação em Revista, Belo Horizonte, FAE.UFMG, v. 42, p. 13-79.

JEZINE, Edineide. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte – 12 a 15 de setembro de 2004. Disponível em: https://www.ufmg.br/congrext/Gestao/Gestao12.pdf. Acesso em 07 de agosto 2018.

MAIA, João Marcelo Ehlert. Além da Pós-Colonialidade: a sociologia periférica e a crítica ao eurocentrismo. Cadernos de Estudos Culturais, Campo Grande, MS, v. 5, p. 103-117, jan./jun, 2017.

MELFI, A.J. Universidade, cooperação internacional e diversidade. In. GAZZOLA, A.L.A; ALMEIDA, S.G. Universidade: Cooperação Internacional e Diversidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, p. 57-60.

PANIZZI, W.M. Cooperação internacional: solidariedade e diálogo entre iguais? In. GAZZOLA, A.L.A; ALMEIDA, S.G. Universidade: Cooperação Internacional e Diversidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, p. 61-68.

PICHON-RIVIÈRE, E. (2000). O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes. (original

publicado em 1983).

PEÑA, D.A. La democratización la enseãnza superior como factor de desarrollo y cooperación. In. GAZZOLA, A.L.A; ALMEIDA, S.G. Universidade: Cooperação Internacional e Diversidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, p. 69-74.

SANTIN, Dirce Maria; VANZ, Samile Andrea de Souza; STUMPF, Isa Regina Chittó. Internacionalização da produção científica brasileira: políticas, estratégias e medidas de avaliação. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, v. 13, n. 30, p. 81-100, jan./abr, 2016.

SILVA, E. A. A. Gestão do Ensino Superior em Angola: Realidades, Tendências e desafios rumo à qualidade. Luanda: Mayamba Editora, 2016.

TETA, João Sebastião. Educação Superior em Angola. Comunicação científica. I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA – CPLP, Porto Alegre, 2009. p. 30-34.

UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO. Plano de Desenvolvimento Institucional. PDI, 2017-2030, Cabinda, 2017.

VÉRAS, Renata Meira; SOUZA, Gezilda Borges de. Extensão universitária e atividade curricular em comunidade e em sociedade na Universidade Federal da Bahia. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 7, n.2, p.83-90, jul./dez., 2016.

VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas, v. II, Madrid: Aprendizaje: visor, 1993 (original publicado em 1934). Site: http://www.fae.ufmg.br/pagina.php?page=historia_FAE

Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).