Vol. 15 No. 30 (2021): Tempos na Antiguidade II
A sabedoria dos antigos, no que diz respeito à questão do tempo, foi o tema do VIII Simpósio Internacional OUSIA de Estudos Clássicos: O Problema do Tempo na Antiguidade, ocorrido entre os dias 22 e 31 de março de 2021, com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e da FAPERJ - Projeto Inteligências Ancestrais.
O presente número completa o volume 15 da revista e reúne alguns dos trabalhos apresentados no simpósio, além de contar com a participação de pesquisadores que atenderam à chamada para escrever sobre o tema, e também artigos submetidos livremente à avaliação contínua.
Um dos objetivos do encontro foi trazer para o momento atual as inteligências ancestrais e seus ensinamentos, em um resgate das tradições que nos constituem e em uma tentativa de compreender melhor o tempo presente, a vida presente a partir dessas sabedorias antigas. Marca este Volume 15 a ampliação do espectro da Antiguidade para além dos estudos clássicos greco-latinos, com reflexões acerca da tradição de oralitura yorùbá.
Neste número, explorou-se, em três artigos, o oriki de Èsù que serviu de inspiração ao VIII Simpósio: "Èṣù matou um pássaro ontem, com a pedra que atirou hoje" (Èṣù pa ẹyẹ láná pẹ̀lú sọ li òkúta lóní). Carlos Veloso trouxe elementos da oralitura yorùbá para pensar conceitualmente o tempo a partir dos orikis, itans e epítetos do orixá. Neste sentido, não apenas o conteúdo mas também as formas da tradição oral serviram ao desenvolvimento da análise. O artigo de Luisa Buarque sobre o tempo usa o mesmo oriki como um dispositivo hermenêutico para pensar algumas dimensões do tempo em narrativas de mitos selecionados nos diálogos Timeu, Crítias e Fedro, de Platão. Verônica Costa apresenta e analisa os elementos de composição exuxíaca da tragédia Penteu de Fernando Santoro.
Contamos também com artigos sobre a definição de tempo e o modo como este é percebido em Aristóteles; o primeiro de Rafael de Souza e o segundo de Gabriel de Souza. O dossier sobre as concepções do tempo na Antiguidade termina com o artigo de Ester de Macedo acerca das meditações Agostinianas na Cidade de Deus e nas Confissões.
Fechando o número, na seção de submissões livres, Luiz Menezes trata da passagem do anel de Gyges na República de Platão e Nestor Cordero analisa a definição de “discurso" (lógos) e “verdade" (alétheia) no Sofista de Platão e mostra como esta definição é uma resposta à teoria dos nomes em Antístenes e um retorno às concepções homéricas. O autor discute a teoria da correção dos nomes e da verdade discursiva, situáveis respectivamente nos âmbitos antepredicativos e predicativos da linguagem.
A revista, que continua recebendo artigos e resenhas em fluxo contínuo, traz no próximo volume contribuições sobre os discursos antigos sobre a alma.
Editores convidados: Cristiane Azevedo e Luan Reboredo
Neste número, explorou-se, em três artigos, o oriki de Èsù que serviu de inspiração ao VIII Simpósio: "Èṣù matou um pássaro ontem, com a pedra que atirou hoje" (Èṣù pa ẹyẹ láná pẹ̀lú sọ li òkúta lóní). Carlos Veloso trouxe elementos da oralitura yorùbá para pensar conceitualmente o tempo a partir dos orikis, itans e epítetos do orixá. Neste sentido, não apenas o conteúdo mas também as formas da tradição oral serviram ao desenvolvimento da análise. O artigo de Luisa Buarque sobre o tempo usa o mesmo oriki como um dispositivo hermenêutico para pensar algumas dimensões do tempo em narrativas de mitos selecionados nos diálogos Timeu, Crítias e Fedro, de Platão. Verônica Costa apresenta e analisa os elementos de composição exuxíaca da tragédia Penteu de Fernando Santoro.
Contamos também com artigos sobre a definição de tempo e o modo como este é percebido em Aristóteles; o primeiro de Rafael de Souza e o segundo de Gabriel de Souza. O dossier sobre as concepções do tempo na Antiguidade termina com o artigo de Ester de Macedo acerca das meditações Agostinianas na Cidade de Deus e nas Confissões.
Fechando o número, na seção de submissões livres, Luiz Menezes trata da passagem do anel de Gyges na República de Platão e Nestor Cordero analisa a definição de “discurso" (lógos) e “verdade" (alétheia) no Sofista de Platão e mostra como esta definição é uma resposta à teoria dos nomes em Antístenes e um retorno às concepções homéricas. O autor discute a teoria da correção dos nomes e da verdade discursiva, situáveis respectivamente nos âmbitos antepredicativos e predicativos da linguagem.
A revista, que continua recebendo artigos e resenhas em fluxo contínuo, traz no próximo volume contribuições sobre os discursos antigos sobre a alma.
Editores convidados: Cristiane Azevedo e Luan Reboredo
Publié-e:
2022-09-08