CESÁRIO TRAPEIRO: ENGOMAR, DEIXAR PASSAR
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2022.v24n2a51052Palabras clave:
Cesário Verde, Trapeiro, “Contrariedades”, Ninfa.Resumen
Como já foi destacado por grande parte da crítica, o poeta português Cesário Verde estabeleceu em sua mesa de trabalho uma outra cartografia da cidade, dando, em seus poemas, visibilidade e legibilidade para figuras marginais e sem estatuto poético, que permaneceram quase sempre fora da poesia e da narrativa. Cesário Verde estabeleceu uma arte poética com cenas e enquadramentos de um mundo repleto de figurantes e ao mesmo tempo colocou, muitas vezes, “os andaimes da escrita” em evidência. Partindo dessas considerações, o objetivo deste trabalho é estabelecer uma leitura do poema intitulado “Contrariedades”. Neste poema, Cesário parece pôr em cena não apenas as inquietações e angústias de um escritor, mas também o próprio momento da escrita, fazendo surgir uma estranha figura da modernidade.
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